Motor Crush vai te viciar em uma protagonista forte e poderosa sobre duas rodas


Nós recebemos o quadrinho Motor Crush, uma nova produção dos co-criadores Cameron Stewart e Brenden Fletcher e da artista Babs Tarr, a mesma equipe criativa que esteve a frente do quadrinho Batgirl. Brenden Fletcher está sendo atualmente publicado no Brasil com a revista Canário Negro: O Som e a Fúria pela Panini Comics.

Motor Crush é um quadrinho sobre esportes radicais, mas desta vez com uma personagem feminina no comando. Domino Swift é uma excelente piloto de corrida do circuito e vai competir no grande evento World Gran Prix na capital das corridas, Nova Honda. O que muitos não sabem é que além de correr nos circuitos oficiais, Domino também participa de competições proibidas chamadas Cannonball, pois é onde a garota consegue a droga do momento Crush, um poderoso narcótico ilegal para máquinas que acelera a velocidade de qualquer veículo. E, acreditem se quiser, Domino também ingere o Crush por motivos ainda misteriosos, mesmo sabendo o extremo perigo que corre.

A garota precisa se dividir dentre os dois circuitos para vencer tanto o Cannonball e ganhar vidros de Crush e o WGP para salvar a vida de uma pessoa muito especial, Lola, a melhor mecânica que conhece, e também sua própria vida. Após ter seu estoque de Crush roubado Domino precisa se esforçar e arriscar seu pescoço para correr melhor do que nunca e pagar suas dívidas.

Uma coisa que me chamou muito atenção logo que vi a primeira capa foi a personagem que a
ilustrava. Domino é negra, poderosa, sensual e parece ser uma experiente piloto. A história é realmente focada na personagem e se desenrola a partir dos fatos que tem relação com ela. É tão bom ver diversidade nos quadrinhos e principalmente quando temos uma moça tão forte no papel principal. Nós meninas somos boas protagonistas, sim! Preciso ler o restante, mas sinto que Domino e Lola possuem uma relação mais profunda do que apenas piloto-mecânica, as duas tem uma história juntas e quero muito ler mais sobre.

O nome do quadrinho Motor Crush faz um interessante jogo de palavras como uma paixão súbita por motores, no caso das insanas motos dos competidores e da própria droga da velocidade Crush, que parece ser a força motora de Domino, como se ela precisasse daquilo para sobreviver. As capas são extremamente chamativas e provocantes, convidando os leitores a conhecerem esse universo cibernético radical.

Mais uma vez, um dos meus grandes interesses nesta produção é o visual do quadrinho, que lembra muito Canário Negro. Pode ser que algumas pessoas acostumadas com coloração tradicional nos quadrinhos não achem Motor Crush e outras produções neste estilo tão atraentes quanto eu (espero estar errada), mas as cores, o traço dinâmico, as expressões e a maneira despreocupada das cenas de ação, prendem totalmente minha atenção. Tons fortes de magenta e ciano enchem as páginas recebendo destaques de cores aqui e ali para provocar o olhar do leitor. Será que gosto tanto porque talvez estas sejam minhas cores preferidas? Não sei, prefiro pensar que é arte mesmo.

Também preciso dizer que estou vidrada no estilo das personagens, não só da Domino com seu cabelo raspado e estrutura óssea forte e bonita, e da Lola, com lindos e compridos cabelos cor de rosa e um corpo de violão, como de uma personagem que aparece no comecinho, Sonoya, com seu corte chanel azul claro, lábios combinando com os cabelos e muito estilo. Elas não são pilotos bregas não! Os looks são muito bem construídos visualmente.

Para finalizar, gostaria só de deixar um atrativo a mais para os entusiastas brasileiros -que tenho certeza que irão procurar Motor Crush para ler- Nova Honda, a cidade onde a história se passa, lembra muito o Rio de Janeiro, sua arquitetura, geografia... eu juro que tem um monte que é igual ao do Cristo Redentor! Os bares, vielas, coqueiros me lembraram muito mesmo! Quem sabe não se inspiraram na nossa cidade maravilhosa?

Ah, o quadrinho também conta com uma pequena história no final chamada Isola, me chamou atenção! Quero mais!

Motor Crush ganhou sua segunda edição no mês de janeiro e está sendo publicada nos Estados Unidos. É sempre bom ficar de olho nos lançamentos norte-americanos para que, com alguma sorte, em breve possamos desfrutar dessas publicações aqui no Brasil, seja por reza forte ou depois de buzinar muito no ouvido das editoras. Essa produção é uma alternativa aos quadrinhos de super-heróis ou heroínas, que não deixa de trazer personagens fortes e liderança feminina! Estou ansiosa para os próximos!

0 comentários:

Postar um comentário

My Instagram