Toku Entrevista #1 - Ricardo Cruz

O Toku Bahia bateu um papo super descontraído com o conhecido Ricardo Cruz. O cantor e jornalista que esteve recentemente no programa "Encontro com Fátima" falou um pouco sobre suas paixões nipônicas e sua experiência em Salvador. Confiram abaixo!.


01 - Primeiramente gostaríamos de agradecer a oportunidade de entrevistarmos um dos nomes mais importantes de cena Geek-Oriental japonesa. Ano passado você esteve em Salvador, o que achou da cidade e do evento "Anibahia"?

Eu que agradeço! Adorei conhecer a Bahia. Sempre comi comida baiana aqui em São Paulo. Minha mãe tentava fazer, porque eu gosto muito de pimenta, temperos fortes! Quando cheguei aí, minha vontade era achar um lugar bem tradicional e comer sem parar todos os vatapás e acarajés que tinha direito com as pimentas mais cabulosas de Salvador, mas como estava com o Kageyama e o Kitadani, acharam melhor irmos devagar (risos). Vai que os dois não dessem conta do recado e passassem mal antes do show? Tá certo. No final, o Kageyama foi o que mais comeu de tudo. Fora a comida, gostei muito de conhecer a cidade, especialmente o Pelourinho. Quero voltar mais vezes e ficar com mais calma aproveitando Salvador.

02 - Como funciona as suas atividades com o JAM Project? Alguma novidade?

Ultimamente tenho composto algumas músicas para trabalhos futuros do JAM, além de participar uma vez por ano dos shows principais lá no Japão. Criamos uma parceria muito legal nesses últimos anos, apesar de eu não estar "full time" com eles, temos um relacionamento bem próximo.

"Os fãs de anime e tokusatsu do Brasil são os mais fodas do mundo"
03 - Na época da sua entrada no JAM Project, como os fãs japoneses reagiram à presença de um brasileiro no grupo?

Eles foram muito calorosos, afinal de contas eu entrei apadrinhado pelo Kageyama, que é o maior nome desse meio lá. Só tenho boas lembranças dos fãs japoneses. Me deram um baita apoio, que foi importantíssimo para mim na época.

04 - Como enxerga essa nova geração de "Otakus" e qual a diferença para a da sua época?

Hoje, pelo menos aqui no Brasil, o público ficou mais jovem. Quando eu frequentava exibições de vídeo e eventos nos anos 90, eu era o mais novo de todos, devia ter uns 14, 15 anos. O resto dos meus amigos já tinham mais de 20 anos. Naquela época, o acesso ao material japonês era bem mais limitado, a gente dependia de amigos que viajavam pro Japão, locadoras de vídeo na Liberdade, etc. Hoje é uma maravilha: a internet disponibiliza tudo, a hora que você quiser. Então um moleque aqui pode assistir a um anime ou tokusatsu ao mesmo tempo que os japoneses. Isso diversifica e renova muito o público, que só cresce.

JAM Project
05 - Dentro do universo "Otaku", qual gênero lhe atrai mais? Tokusatsu ou Anime? Tem acompanhado algum dos dois gêneros?

Tokusatsu é o meu gnero do coração! (risos). Cresci assistindo, me envolvi em um monte de projetos de revistas, sites, etc, sobre tokusatsu. Gosto muito mesmo. Mas sou fã de anime e mangá também. Nos últimos meses estou completamente viciado em One Piece. COMPLETAMENTE. Mais no mangá. Eichiro Oda é um gênio!

06 - Agora falando um pouco fora do universo oriental, quais são os seus outros trabalhos?

Eu também sou jornalista, já fiz muita coisa. Mas atualmente estou concentrando meu tempo em fazer músicas e shows pelo Brasil. Há muito tempo que planejava dar uma focada nessa parte, que é a mais importante pra mim. Estou feliz por estar conseguindo.

07 - Pretende voltar à Salvador?

Claro! Assim que me chamarem estarei de volta. Só dar um alô.

Ricardo Cruz em ação em uma das suas muitas apresentações
08 - Planos para o futuro?

Quero fazer um disco solo e continuar a todo vapor compondo com o JAM. Fora música, adoraria escrever um livro sobre a história da indústria dos filmes e séries de heróis e monstros do Japão. Um dia, um dia (risos).

09 - Uma mensagem para os seus fãs e o público Otaku.

Obrigado por todo o apoio. Os fãs de anime e tokusatsu do Brasil são os mais fodas do mundo. Os japoneses vivem reconhecendo isso. Essa nossa energia tem muito valor. Tenho muito orgulho de hoje termos essa projeção toda. Conto com o apoio de todo mundo pros meus projetos daqui pra frente. Prometo que vou me esforçar bastante pra incluir uma marca brasileira digna na história dessas produções japonesas que a gente tanto gosta.

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