Essa semana no RetroAnime, um clássico dos clássicos, uma das obras primas da CLAMP, isso mesmo, estou trazendo Guerreiras Mágicas de Rayearth, que foi lançado em 1994 na revista mensal Nakayoshi, da editora Kodansha.
Essa obra prima se transformou em um estrondoso sucesso entre os leitores japoneses pouco tempo depois de lançada.
Tanto que, já no ano seguinte, ganhou sua versão em anime e uma enorme linha de produtos. Após o encerramento da história em quadrinhos e do anime, as Guerreiras ganharam uma série inédita lançada diretamente em vídeo.
A premissa básica de Guerreiras Mágicas de Rayearth (Magic Knight Rayearth) se baseia na seguinte frase: “Você já pensou o que aconteceria se uma menina que age mais como um menino, uma patricinha esnobe e uma nerd tímida, de repente, caíssem em um mundo totalmente diferente do nosso, sem qualquer traço dos grandes certos urbanos?”
A série é dividida em dois arcos, cada um com 3 volumes. O final do primeiro deles, desse “resgate da princesa” é SENSACIONAL. Por mais que a obra tenha seus clichês (e não vejo problemas neles desde que sejam bem utilizados), ao final do terceiro volume é tudo jogado pro alto e encerrado com chave de ouro.
A chamada “Fase 2″ é odiada por muitos por ser mais lenta. Eu já encaro como algo mais psicológico e afirmo que também me agradou bastante. Não tanto quando a primeira, mas em momento algum tive aquela sensação de “bem que podia ter acabado no volume 3…” Não há como falar muito sobre ela sem dar spoilers sobre a saga anterior, e o objetivo não é esse.
Visão Geral
À primeira vista, Rayearth parece ser um obra boba sobre o gênero RPG, a partir de um ponto de vista do mangá shoujo (quadrinhos “geralmente” para meninas). Os personagens principais, enquanto charmosos, tem seus arquétipos retirados (baseados) de uma centena de shoujos antes dele. A corajosa garota que age como um garoto, a patricinha mimada. A recatada e inteligente menina com óculos. E então a garota com óculos diz: "Oh uau, isso é como um RPG!" E o público ri, porque ela é bonita e esta frase de repente se torna bastante engraçada.
Rayearth, bem como seus personagens, sua mascote e o próprio mundo que retrata, é cheia de surpresas, é algo mais inspirador e profundo do que jamais afirma ser. É uma série que se desenrola leve, mas constantemente leva você a situações cada vez mais interessantes, enquanto os personagens se desenvolvem muito bem, temos algumas das heroínas mais amáveis em animes de fantasia. Eu encontrei-me constantemente torcendo para a corajosa Hikaru, a graciosa Umi, e a inteligente Fuu, a medida que os episódios continuam. Sim, Rayearth tem seus vilões e aliados que mudam de lado, se apaixonam e, às vezes, morrem. E o final será definitivamente triste - e você mal pode esperar para assistir. As meninas certamente não - mas uma das coisas legais sobre esta série é estar assistindo as meninas superarem seus obstáculos, aprenderem com seus erros e seguirem em frente quando tudo parece sem esperança.
Mas então, não devemos esperar menos da toda poderosa CLAMP. A carta na manga de Rayearth foi destinado a ser um “trabalho amigável” para o público, algo mais leve do grupo que produziu o angustiante e pensativo Tokyo Babylon e, mais tarde, X. Mas mesmo em sua mais leve obra (Card Captor Sakura), CLAMP tem uma grande tendência para apresentar relacionamentos proibidos, romances emaranhados, e Rayearth não é diferente. Mas é feito com bom gosto e inteligência, a série de animação não é diferente nesse aspecto. No entanto, o design dos personagens pode ser um pouco chocante para aqueles acostumados a ver os estilos de Clover, Card Captor Sakura, e Angelic Layer.
Animes shoujo geralmente não possuem altas sequências de ação de qualquer maneira. (Além disso, em torno da metade da série, Fuu que usa arco e flechas, e mesmo com sua especialidade no tiro com arco, muda para uma espada de duas mãos que ela não poderia utilizar de forma realista. E as sequências de ação, enquanto simples, são certamente emocionalmente intensas, que é o que os criadores estavam querendo. Claro, os fãs mais ardorosos de ação costumam ficar longe deste tipo de coisas de qualquer maneira. E a música é muito boa, também, embora eu seriamente aconselhe o espectador a não tocar músicas da trilha sonora do Mokona em loop infinito, devido ao risco de danos cerebrais. "Puuuuuuuu Pu! Pu! !!!!!"
Claro, eu ainda não mencionei o Rayearth titular, que é um dos "Deuses Magicos" Mashin que as Guerreiras Mágicas eventualmente usam para defender e salvar Cephiro. Os Mashins são, na verdade, robôs gigantes sencientes, predecessores (por cerca de um ano +ou-) um uso semelhante do gênero robô gigante de fantasia no Anime Vision of Escaflowne (próximo projeto).
Além disso, cada uma delas possui um “guardião” “Deus Magico”, um Mashin. E para quem não leu o mangá ou viu o anime, eu adianto, eles são muito legais. Além de ser o lado “filosófico” da coisa, de conversarem com as meninas via telepatia e de cada um também ter a forma de um animal eles são robôs gigantes! Guerreiras Mágicas de Rayearth passa longe de ser um mangá sobre mechas e, lendo apenas essa review, pode soar como se a CLAMP tivesse pensado “Ah, vamos encher com bastante clichê que vai fazer sucesso. Colegiais e robôs está bom”, mas muito pelo contrario! Elas podem até ter pensado nisso, mas como foi extremamente bem desenvolvido eu, sinceramente, não ligo. O fato de as autoras não ter apelado para o fanservice ajudou bastante nessa questão.
Primeira Fase
Durante uma excursão escolar à torre de Tóquio, três estudantes: Hikaru Shidō, Umi Ryūzaki e Fuu Hō-ōji são convocadas pela Princesa Emeraude para salvarem Cefiro. Ao chegarem lá são recebidas pelo Guru Clef. Clef conta tudo sobre aquele mundo mágico, e que Princesa Emeraude havia sido raptada pelo sumo-sacerdote Zagato.
As três garotas, foram convocadas para se tornarem Guerreiras Mágicas de Cefiro. Para conseguir isso, Clef deu a cada uma delas uma armadura que evolui conforme seu desempenho e poderes diferentes: Hikaru-Fogo, Umi-Água e Fuu-Vento. Para se tornarem Guerreiras Mágicas, elas precisavam de encontrar Presea, a ferreira de Cefiro. Presea fez para cada uma delas espadas feitas de um mineral lendário chamado Escudo, o único mineral que faz espadas que evoluem e logo após fazê-las é morta por um monstro de Ascot. Depois de receberem as espadas feitas por Presea, Hikaru, Umi e Fuu foram atrás de seus respectivos Espíritos Gênios (Mashins) Rayearth, Selece e Windam, com a ajuda de Mokona, que indicava-lhes o caminho.
Na procura dos Espíritos enfrentaram muitos inimigos como Ascot: um pequeno feiticeiro, mas com grandes poderes, Caldina: uma incrível dançarina ilusionista louca por dinheiro e Lafarga: o capitão da guarda que protegia a Princesa Emeraude, mas que foi hipnotizado por Zagato. Também conheceram Ferio, um incrível espadachim, que sempre que podia ajudava as Guerreiras Mágicas, e também que estava apaixonado por Fuu. Após acordarem todos os Espíritos, evoluírem suas armaduras e espadas, elas foram ao encontro de Zagato para a batalha final. Elas conseguiram matar Zagato, mas elas não sabiam que teriam que também de matar a Princesa Emeraude, porque ela acabou apaixonado-se por Zagato e a única obrigação do pilar é orar só pela paz de Cefiro. Assim, as Guerreiras Mágicas cumpriram seu destino, matando a princesa Emeraude, e realizando seu maior desejo que era ficar ao lado do seu verdadeiro amor.
Além disso, descobriram também que Ferio era o irmão mais novo da Princesa Emeraude.
Segunda Fase
Como a Princesa Emeraude não habitava mais em Cefiro, esse mundo ficou sem o pilar para protegê-lo e com isso começou a desaparecer.
Com isso muitos países resolveram atacar Cefiro para poderem tomar posse do sistema do pilar. Esses países eram Autozam, Fahren e Chizeta e para proteger os habitantes não só da destruição de Cefiro mas dos países todos os habitantes são mandados para o Castelo, inclusive Ascot, Caldina e de uma forma estranha... Presea. Enquanto isso, as Guerreiras Mágicas estavam no seu mundo, muito tristes pelo acontecido em Cefiro e Hikaru tinha constantemente pesadelos que envolviam uma estranha mulher falando sobre a destruição de Cefiro. As três combinam encontrarem-se na Torre de Tóquio e lá são convocadas novamente. Chegando em Cefiro descobrem sobre os países atacantes e conhecem Lantis, o irmão mais novo de Zagato, por quem Hikaru acaba se apaixonando. Começam a aparecer também estranhos monstros que não se originavam em nenhum dos três países. Então elas têm que usar os espíritos novamente para defender Cefiro.
No decorrer da história Hikaru é sequestrada por Eagle Vision de Autozam, Zaz Torque e Geo Metro todos de Autozam, e de uma estranha forma, simpatiza com eles, e logo depois a espada de Hikaru é quebrada por Nova, uma menina que se parece estranhamente com ela, e foi feita para ela, odeio tudo que Hikaru ama, e por quebrar a espada dela, Hikaru não pode mais chamar seu Mashin (Rayearth), quando as irmãs Tarta e Tatra de Chizeta atacam, Umi e Fuu tem que lutar, mas são sequestradas, Umi pelas irmãs de Chizeta e Fuu pela princesa Aska de Fahren, Hikaru tem de salvá-las e quando vai reviver sua espada tem que lutar contra sí mesma, contra Nova e contra seu coração para o fazê-lo, porém os desafios delas estão longe de acabar, principalmente com Debonair por perto. (essas personagens (Debonair e Nova) são personagens que só existem no anime)
Personagens
Heroinas
Hikaru Shidō (Lucy shido na versão americanizada) é a líder das guerreiras. Mora em um dojo, tem três irmãos e um cachorro (Hikari). É carismática e consegue entender o que os animais falam. Adora estar nessa aventura com suas outras amigas guerreiras. É carinhosa e impulsiva, sempre que há perigo, ela é a primeira a proteger suas amigas e amigos, sem pensar no que possa acontecer com ela. Seu Mashin é o Rayearth, que estava adormecido no Templo das Chamas. Hikaru tem o poder de controlar o fogo.
Umi Ryūzaki (Marine Ryuzaki na versão americanizada) é filha de um empresário muito famoso e estuda em uma escola para meninas nobres. É muito engraçada e muito brava também, se estressa facilmente, principalmente quando está com duvida sobre alguma coisa, ou está brava com Mokona. Acha que essa história de se tornar guerreiras é meio maluca, mas no final das contas acaba gostando. Seu Mashin é o Selece, que estava adormecido no Templo do Mar e seu poder é da água.
Fuu Hō-ōji (Anne Hooji na versão americanazada) é a mais racional e inteligente das guerreiras. Estuda numa escola para alunas superdotadas. É super amorosa e está sempre bem humorada. Apesar de estar assustada com a história de se tornar uma guerreira mágica, ela gosta. Está sempre dando bons conselhos para as outras guerreiras e ela tem um ótimo coração. Seu Mashin é o Windam, que estava adormecido no Templo dos Céus e seu poder é do vento.
Outros Personagens
Mokona: Pequeno animal semelhante a um coelho, que foi dado a Presea por Clef. Adorável e bobo este pequeno animal adora tomar saquê. Ele pode indicar os caminhos pelos quais as guerreiras devem tomar e permite uma conexão entre as guerreiras e Guru Clef, no final é revelado que ele é o deus de Cefiro.
Guru Clef: Um mago aliado da Princesa Emeraude. Foi ele que recepcionou as guerreiras mágicas quando elas chegaram a Cefiro. Ele que contou tudo sobre aquele mundo e deu-lhes a missão de salvá-lo. Ele treinou Zagato, Alcyone e Lantis, irmão mais novo de Zagato, e ensinou magia as três guerreiras.
Princesa Emeraude ou Princesa Esmeralda: O pilar de Cefiro. É ela que rege esse mundo para que ele fique sempre em paz e harmonia. Ela foi sequestrada por Zagato, então, invocou as Guerreiras Mágicas para salvarem Cefiro. Ela apaixonou-se pelo sacerdote Zagato, e assim passou a pensar mais nele do que em suas obrigações como o pilar. Para tentar esquecer esse amor proibido se aprisionou, mas não teve efeitos. Como última alternativa invocou as guerreiras mágicas para que a matassem, sendo um dos finais de primeira temporada mais empolgantes e antológicos do mundo dos animes.
Presea ou Priscila: A ferreira de Cefiro. É ela quem constrói as armas que os guerreiros de Cefiro usam. As armaduras eram feitas de um mineral, chamado Escudo, que existia só naquele mundo. Ela mandou as Guerreiras Mágicas irem procurar o mineral lendário para ela forjar suas armas. Quando elas voltaram ela forjou armas para cada uma. No anime, Presea morre, coisa que não ocorre no mangá.
Ferio: Um espadachim que as guerreiras encontram no caminho da Fonte Eterna. Ele serviu como guarda costas para elas, sendo foi muito gentil com Fuu e por isso ela apaixonou-se por ele. É o príncipe de Cefiro, uma vez que é irmão da princesa Emeraude.
Lantis: Irmão gêmeo de Zagato, a Hikaru está apaixonada por ele. Ele passou uma longa temporada em Autozam e que tinha como objetivo tomar o lugar do pilar, mas retornou com a morte de seu irmão e da princesa e é apaixonado pela Hikaru.
Eagle Vision ou Visão de Águia: É o comandante vindo do planeta Autozam, ele foi mandado a ir a Cefiro para conquista-la e se tornar o Pilar, tem uma amizade com Lantis e disputa com Hikaru (Lucy) para se tornar Pilar. Usa seu mecha o FTO para atacar e quando este falha usa sua nave NSX.Tem uma amizade com Lucy(Hikaru).
Primera: é uma fada muito ciumenta e ama muito Lantis, por ter lhe salvado de um monstro. Primera tem a capacidade de utilizar magias de cura, odeia Mokona.
Zagato ou Zagard: Era o sumo sacerdote da Princesa Emeraude até que ele a sequestrou. Ele tem vários aliados e vai fazer de tudo para que as guerreiras mágicas não a encontrem. Ele sequestrou a princesa por que a amava, e sabia que a missão das guerreiras era matar a princesa.
Inouva: É o braço direito de Zagato. No mangá ele não aparece. Apesar de utilizar a forma humana, sua real forma é a de um elemental, extremamente poderoso. Ele foi dado a Zagato de presente pela Princesa Emeraude. Inouva é o único que conhece os verdadeiros objetivos de Zagato.
Alcyone: Era discípula de Clef, até que se tornou aliada de Zagato, pois estava apaixonada por ele. Queria matar as Guerreiras Mágicas, mas não conseguiu. Seus poderes são do Gelo e também era uma guarda-feiticeira da princesa Emeraude(Esmeralda).
Ascot: Outro aliado de Zagato. Ele tentou matar as guerreiras, mas não conseguiu, pois foi impedido por Umi(Marine) (quando tentava despertar seu Mashin). Na segunda fase ele também assume que está apaixonado por Umi, mas nesta ele agora possui uma forma adulta.
Caldina: Uma aliada contratada de Zagato. Ela era uma dançarina de Chizeta, mas veio para Cefiro. Ela queria matar as Guerreiras, pois foi paga por Zagato, mas depois de ver o grande e forte coração de Fuu(Anne), desistiu. Caldina acaba ficando com Lafarga.
Rafaga: Era o principal protetor da Princesa Emeraude(Esmeralda). Foi controlado por Zagato e quase matou as guerreiras, mas Hikaru(Lucy) conseguiu quebrar o feitiço.
Nova: Lado negro de Hikaru(Lucy) que foi retirada dela depois do combate final contra a Princesa Emeraude, disposta a acabar com ela e com todos os que são próximos a Hikaru(Lucy), mas ela se arrepende e volta para seu corpo original, o de Hikaru(Lucy).
Debonair ou Deboner: Ela é todo o desespero e mal dos habitantes de Cefiro(Zefir), criada depois que a princesa Emeraude(Esmeralda) morreu e assim Cefiro(Zefir) ficou só, sem oração para suprir o planeta. Ela desejava a destruição de Cefiro.
Tatra e Tetra ou Tatra e Tarta: São irmãs gêmeas que estão dispostas a tomar a coroa de Cefiro(Zefir), seu planeta é o Chizeta(Tizeta) que é pequeno liderado por seus pais, o sonho delas são de mostrar que são capazes de vencer uma batalha, criou uma certa amizade com Umi(Marine). possuem duas criatura vermelha e azul que chamam de Jins.
Princesa Aska: Vinda do planeta Fahren é muito mimada e chata, usa seus pergaminhos para criar criaturas, quer ser pilar de Cefiro porque quer ficar mais bonita e também pra fazer um parque de diversões. Tem uma amizade com Anne(Fuu).
Zaz Torque: Um dos amigos do Comandante Eagle, ele é responsável pela construção dos Mechas e é o chefe de engenharia da nave espacial de Autozam.
Geo Metro: É o braço direito do Comandante Eagle, onde se esforça bastante pra agrada-lo, tem o dever de deixar a nave espacial estável.
Chang-an: Velho sacerdote que mantém os segredos de Fahren intactos, ele cuida da princesa Aska até ela ter maioridade.
Ssang-yong: Ajundante da princesa Aska e amigo, mas a princesa embora durona com ele tem um certo amor.
Mashins/Gênios
Os Mashins são, na verdade, robôs gigantes sencientes que se comunicam telepaticamente com as meninas. Os Mashins também apresentam às garotas alguns dilemas interiores das mesmas que elas tentavam suprimir, e não encarar.
Rayearth: Mashin do fogo. A sua guerreira mágica é Hikaru. Foi conquistado no Templo das Chamas.Tendo aceito Hikaru por sua prova de coragem.
Ceres: Mashin das águas. A sua guerreira mágica é Umi. Foi conquistado no Templo das Águas.Tendo aceito Umi por sua prova de lealdade.
Windam: é o Mashin dos ventos, e sua guerreira mágica é Fuu. Foi conquistado no Templo dos Céus, tendo aceitado Fuu por sua prova de resistência.
Anime
A série teve 49 episódios divididos em duas fases, sendo a primeira com 20 episódios, segunda com 29 episódios e teve 01 especial (não passou no Brasil). Produzida pela Tokyo Movie Shinsha e Yomiuri TV, foi exibida às segundas-feiras, às 19:30h de 17 de Outubro de 1994 à 27 de Novembro de 1995. No Brasil foi exibido pelo SBT no auge do sucesso de Cavaleiros do Zodíaco e Sailor Moon, exibida às 7 da manhã e depois com várias mudanças de horários, A exibição brasileira foi de 1996 há 1998. Além de alguns especiais de 3 minutos.
Dublagem no Brasil
A dublagem foi realizada pelo estúdio Gota Mágica em São Paulo, com direção de Gilberto Baroli. Alvo de muitas reclamações na época da sua exibição foi quanto à adaptação dos nomes em português. Inicialmente Gilberto Baroli queria usar os nomes em japonês, mas lhe foi negado por parte da distribuidora. Posteriormente ficou decidido seguir o padrão usado na Itália, sendo, Hikaru chamada de Lúcia, Umi de Marina e Fuu seria Annie. Logo foi decidido usar variantes em inglês. Foi exibido pelo SBT no auge do sucesso de Cavaleiros do Zodíaco e Sailor Moon, exibida às 7 da manhã e depois com várias mudanças de horários. A animação também possui uma OVA de três partes, ainda inéditos no Brasil (apenas a primeira OVA foi dublada, pelo grupo Explosion de Dublagens em 2004). Em Portugal foi transmitido pelo Canal Panda com dublagem em inglês com legendas em português.
OVA
O OVA foi feito em 1997, com uma história diferente da série em Anime ou do Mangá. Feito pela Kodansha juntamente com a própria CLAMP, que criou um novo aspecto a trama com um surgimento das Guerreiras mais sombrio Inédito no Brasil.
A três partes OVA foi lançado no Japão há alguns anos após o fim do mangá e da série de TV (25 de julho, 26 de setembro, e 24 de Novembro, 1997). A OVA foi nomeada simplesmente Rayearth, e a sua história foi bastante diferente do original. Os personagens são todos os mesmos, mas as relações, lugares e eventos mudaram radicalmente.
No OVA, Hikaru, Umi e Fuu já são amigas que vão à mesma escola e em breve estará deixando para o ensino médio. De repente, um tipo de fada bem estranha (que acaba por ser Mokona, a criatura da série original) aparece na frente delas. Ao mesmo tempo, monstros começam a aparecer na cidade de Tóquio. Um deles é Clef, que tenta orientar as três meninas, a fim de deixá-las serem as Guerreiras Mágicas, despertar o seu Mashin e lutar contra os magos do mal de Cephiro, que estão tentando invadir o mundo humano.
Nesta versão, Ferio que é um feiticeiro sob o comando de Princesa Emerude, não é seu irmão. Eagle Vision preenche essa função em vez disso, bem como sendo o principal antagonista depois que ele enganou Zagato para cometer suicídio, a fim de trazer um falso equilíbrio para Cephiro. Seus laços com Autozam são inexistentes nesta versão, como ele é um cidadão de Cephiro desde o início. Ele iria colocar um feitiço em Emeraude convencê-la que Zagato ainda está vivo, de modo que os magos de Cephiro continuassem a existir na Terra,como os dois mundos logo se fundem e cada feiticeiro iria lutar contra as Guerreiras Mágicas. Lantis também é introduzido de imediato como sendo um aliado para as Guerreiras Mágicas e contra os planos da Eagle. Os únicos outros personagens que estão na OVA são Ascot e Alcyone, com nenhum dos outros personagens são apresentados.
OVA no Brasil (Fã- dublagem)
Um grupo chamado Explosion Fandub, que continha dubladores profissionais e amadores unidos em prol da dublagem brasileira, em 2004 finalizou a dublagem do primeiro de 3 OVAs da série, o qual chamou atenção pelas vozes e talentos revelados que não eram conhecidos até então. Grupo composto de dubladores, atores e músicos, com intuito de demonstrar qualidade devido á paixão pela dublagem. Hoje, parte do grupo está afiliado ao grupo TOKUFRIENDS, ao qual demonstra ter grande sabedoria e dedicação quando o assunto é divulgação de materiais de fãs e profissionais também, segmentados da cultura japonesa e/ou asiática.
Mangá
No Brasil o mangá foi lançado pela JBC de 2001 à 2002, em 12 volumes, sendo que cada 2 volumes correspondem a um no original. Em 2006 o mangá foi relançado pela editora JBC. O mangá está sendo relançado pela editora JBC em 2013 com formato de luxo e 6 volumes igual ao original japonês, além do conteúdo remodelado e com cenas novas que não foram passadas para o Brasil.
O mangá que conta com 6 volumes é dividido em 2 fases, sendo a primeira terminada de forma dramática e a segunda expandindo a quantidade de “vilões” que desejam invadir Cefiro, cada um com seus objetivos, sendo desta vez que as garotas magicas não foram invocadas de Tokyo pela princesa Emeraude como da primeira vez e sim chegaram a Cefiro e lutam por ela por sua própria escolha. Mesmo com todo drama e ação que a historia propõe, a comédia estilo CLAMP está presente como sempre, auxiliado pela sempre sorridente Mokona, um ser com orelhas de coelho que apesar de não falar (em 5 dos 6 volumes) é extremamente importante para a saga.
Hiraku Shido, Umi Ryuzaki e Fuu Ho-oji são as protagonistas de Rayearth, para quem acompanhou o anime, percebe que os nomes estão diferentes. Pois bem, os nomes do anime em sua versão brasileira tinham sido alterados na época, sendo estes os nomes originais. O trio foi magicamente transportado da torre de Tokyo, onde estavam realizando uma excursão escolar e pasmem não se conheciam por serem de turmas diferentes e foram parar nos céus de Cefiro, um mundo fantástico totalmente diferente da terra. Lá elas conhecem o guru Clef que lhes informa de que as mesmas foram escolhidas para serem as garotas magicas e de que as mesmas deverão ressuscitar os mashins (os mechas) para salvar a princesa Emeraude de Zagato, o sumo sacerdote que a sequestrou e que com o auxilio de seus subordinados, lutam para que as guerreiras magicas não a encontrem.
É notório que a versão do mangá difere do anime, já que a animação possui mais conteúdo e personagens inexistentes no mangá, que por sinal é bem mais curto. Apesar de ser considerado também como Seinen, também é considerado Shoujo e Rayearth só se encaixa mais nessa demografia devido ao traço característico da Guerreiras Mágicas de Rayearth, A CLAMP onde a maioria de suas obras são Shoujo e tem um bom foco nas emoções. Toda a história percorre de maneira a fornecer uma história tranquila de ler. A parte mais negativa de Rayearth infelizmente é na parte da ação, nem sempre dá para entender os combates, apesar de serem bem desenhados.
A criação original do grupo CLAMP, os mangás, possuem uma história ligeiramente diferente em relação ao animê. Personagem como Debonair e Nova foram criados exclusivamente para o anime, pois a história do mangá era bastante pequena, o grupo CLAMP fez muito mais preenchimentos no anime.
Curiosidades da criação do mangá:
Embora tivesse sido publicado na Nakayoshi (Uma revista feminina), o diretor da revista queria agradar e chamar a atenção do público masculino para a revista, já que as revistas masculinas (como por exemplo, a: Shounen Jump ) atraiam tanto mulheres e homens, a Nakayoshi queria ter essa mesma relevância e pra uma renovação chamou a CLAMP que estava fazendo sucesso na época com X e com RG Veda pra que fizesse um Mahou Shoujo com características shounen para que os meninos fossem atraídos. Elas utilizaram como referência o RPG como a principal fonte, pois estava fazendo sucesso na época, robôs gigantes, um universo paralelo, e várias outras coisas que na época era uma novidade.
No Brasil, “Guerreiras Mágicas” foi publicado em 2006 pela JBC no terrível formato encadernado. Para quem não sabe isso quer dizer que a editora pegava um volume completo japonês e o dividia em dois para vender por aqui. Assim sendo a versão brasileira possui 12 volumes, e não 06. Sorte que essa prática vem sendo abolida aos poucos no mercado nacional de mangás sendo poucos os mangás ainda publicados dessa maneira.
A arte do mangá é algo que se destaca em meio a tantas obras do grupo. Talvez por ser mais antigo, eu não sei, mas parece que os desenhos tem um diferencial se comparados com outras obras das autoras. Os olhos eram maiores e forma de apresentação dos quadros era totalmente diferente do que se vê hoje em dia. Quadros de fala bem delimitado e recortes poligonais para as cenas não existiam. Às vezes um quadro de mais ou menos meia página tinha molduras e falas ali mesmo. A princípio pode incomodar aqueles acostumados a algo mais “limpo”, mas nada que atrapalhe a leitura.
Destaque para os designs das armaduras das meninas que evoluem com o desenrolar da trama e por toda a ambientação da série, que facilita bastante a imersão do leitor naquele universo fantástico. As cenas de ação, apesar de não ser um diferencial, também ficaram muito bem desenhadas e têm lá seus méritos.
Uma coisa que vale ser destacada é que é aqui, nesse título, que vemos pela primeira vez o Mokona, figura tão emblemática para os fãs do CLAMP. Grande parto do humor da série fica a cargo do simpático mascote. Além disso “Rayearth” foi a primeira obra a ser citada no crossover Tsubasa. Se bater uma saudade dos Mashins Rayerth, Ceres ou Windam só ler o comecinho de Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE.
Curiosidades em Geral
- Foi um pedido da Kodansha para a CLAMP de fazerem um Mangá shoujo, pois graças ao sucesso de RG Veda popularizou a marca CLAMP no Japão.
- Foi a primeira Obra CLAMP a ser popular no mundo inteiro e a primeira a ser transformada em uma serie de animação.
- O nome ''Guerreiras Mágicas e Rayearth'' é um nome oficial que as próprias integrantes CLAMP assinaram, Tanto: ''Magic Knight Rayearth'', ''Mahou Kishi Reiasu'' e ''Guerreiras Mágicas de Rayearth'' são os únicos 3 oficiais que as próprias criadoras autorizaram!
- A CLAMP teve o apoio da SEGA que criou os brinquedos, utensílios e os jogos de vídeos na época.
- Hikaru é a personagem preferida da CLAMP em Guerreiras Mágicas de Rayearth e a terceira preferida em todos os mangás .
- A persongem de Angelic Layer ''Hikaru'' foi em homenagem a própria Hikaru de Guerreiras Mágicas de Rayearth.
- Vários personagens de Rayearth, fazem ''Crossovers'' em outros mangás da CLAMP como: Tsubasa Resevoir Chronicles e Chobits .
- Mokona é o nome de uma das entregantes CLAMP.
- Os Nomes Hikaru, Umi e Fuu respectivamente significam: Luz, Mar e Vento, é por isso em que muitos lugares o nomes tem variância de Lucy/Lúcia, Marine/Marina e Anne/Anemone(Este ultimo tem como tradução grega, ''anemona'' em grego é vento e ''Anne'' é um diminutivo de Anemone).
- Fora as três protagonistas principais, Mokona e o próprio Rayearth, todos os demais personagens, além de algumas naves, magias, planetas e mesmo o mineral do qual são feitas as armas, foram batizados com nomes de marcas e modelos de carros japoneses e de outras partes do mundo. A exceção é Zagato, cujo nome remete ao estúdio de design automotivo Zagato, da Itália. A lista completa pode ser lida aqui: http://www.neorayearth.net/dimension4/mkr/facts/ (Em inglês).
Reflexão/conclusão
Eu gostei do ritmo geral da trama. Embora houvesse alguns episódios que se arrastavam aqui e ali, em geral, eu encontrei-me envolvido com a obra até seu final, o ritmo ajudou a aumentar e construir o drama em vez de diminuí-lo. As facções anti-Autozahm, às vezes, parecem um pouco mais subutilizados em comparação com o próprio exercito Autozahm, e às vezes eu me pergunto se a obra teria sido mais forte no geral, se eles fossem eliminados, mas eu ainda achei a sua presença interessante de qualquer maneira.
Romance e amor, como pontos principais da trama, são muito mais proeminentes visto que quase todo mundo tem um par até o fim. Mesmo Mokona recebe um interesse romântico das sortes! A maioria destes foi tratada muito bem, apesar de alguns dos romances dos personagens secundárias são abruptamente revelados. Os sentimentos complexos de Hikaru são bem tratados. Eu estava um pouco desapontado com o que acabou fazendo com Umi, mas isso foi só porque eu estava esperando algo mais. Não foi particularmente irracional.
Devo admitir que, em termos de animação real, MKR não é exatamente particularmente impressionante. Um monte de cenas de ação obtiveram relativamente baixa taxa de aceitação e um monte de filme é usado para certos ataques mágicos e afins. A maioria das cenas de ação ainda são interessantes o suficiente. No entanto, o impacto geral dessas cenas poderiam ter sido mais impactantes usando uma melhor animação geral.
Os principais temas são bastante agradáveis, embora observamos que a música no anime não gera um grande impacto, deixando-a bastante esquecível. Ele é digno o suficiente para ajudar a definir o humor de uma cena, mas não é nada que você se importaria para comprar um CD.
Há uma série de batalhas acontecendo, mas eles não são realmente o foco. Não há linguagem chula real e ou situações sexuais reais. Há uma cena em uma Hot Spring, mas mesmo nessa cena você não vê qualquer nudez embora haja um papo adulto entre elas , o famoso "Girl Talk" ou “conversa de garotas”. Devo admitir que eu tive alguns problemas com algumas das disparidades de idade aparentemente envolvidos em certos romances (que parece uma especialidade da CLAMP), mas desde que tudo é mantido muito casto de qualquer maneira ele sai mais doce do que perturbador.
Um fato um tanto curioso que deixou muita gente com opiniões divididas foi, aparentemente, Mokona arrumar uma namorada (bem tipo), mas ainda pode flutuar ao redor em uma sala cheia de mulheres nuas sem eles serem incomodados. Eu tenho certeza não fui somente eu a gastar muitos pensamentos em Mokona e sua sexualidade. De qualquer forma, esse anime é excelente para a maior parte para crianças mais velhas e acima, em minha opinião.
Só digo que o final da série como um todo, como um bom fã da CLAMP, foi muito satisfatório, creio que um dos melhores dela. Parece que na época elas não tinham a mania de estragarem as séries no final. Sem contar que a última página apresenta uma interação com o leitor muito bem produzida, apesar de acabar soando como algo meio infantil para alguns (vão ler e entendam o que eu quero dizer).
Semana que vem outra grande obra. Conhecida por poucos, mas adorada!!
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