Ao final da San Diego Comic-Con 2015, muitos leitores da DC
Comics aumentaram as suas dúvidas em relação a recente abordagem editorial da
empresa em relação aos seus super-heróis. Com o anúncio de títulos quecontinuam a cronologia pré-flashpoint (abordada na saga Convergência) e as
respostas enigmáticas dadas pelo co-editor Dan Didio após o final do arco, a
questão parecia se arrastar por um bom tempo e incomodar a cabeça dos fãs que
se apegam as cronologias e histórias canônicas da editora. Entretanto, em nova
entrevista ao site Newsarama, o escritor deu nova luz aos fatos e nos trouxe
uma solução benéfica tanto para os fanáticos ardorosos quanto aos novos e
ocasionais leitores.
“O que estamos tentando fazer agora é diversificar a nossa
linha, encontrando os diferentes estilos e tons que as pessoas realmente se
interessem”, afirmou Didio, que mesmo assegurando o compromisso com uma linha cronológica
central - onde a maioria dos títulos se baseia – reitera que muitas séries
terão liberdade criativa suficiente para abordar ideias antigas, resgatando
conceitos de diferentes épocas e validando tudo que já foi criado pela editora.
“O que queremos fazer é criar as sensibilidades que tínhamos antes e nos
levaram até a Crise nas Infinitas Terras – mundos múltiplos e oportunidades que
poderão ser tecidas em uma grande história, ou levando e avançando ideias
adiante”.
A confissão de Didio se junta a outros anúncios ocorridos na
convenção, como o retorno do selo Milestone e os novos títulos de Grant
Morrison, trazendo um verdadeiro panorama de oportunidades para a DC, que nos
últimos anos se equivocou por diversas vezes em resumir sua linha criativa
principal em um curto multiverso de 52 terras. A prova disso é que desde a sua
invenção, na saga Crise Infinita de 2005, muitas dessas esferas nem sequer eram
confirmadas e a própria direção da editora não chegava a uma conclusão final
com medo de desagradar os aficionados por alguma das possíveis dimensões
descartadas na conta final.
No final das contas, mesmo dando os méritos merecidos ao
atual caminho editorial da DC que dá validade a tudo que já foi feito e o que
pode ser criado, fica só a observação de que todo barulho criado na ocasião do
reboot dos Novos 52 poderia ter sido facilmente contornado se a ideia de
universos infinitos sempre fosse pensada de forma honesta, considerando tudo
que foi criado anteriormente em um outro mundo para os velhos e fieis fãs.
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