O episódio dessa semana de Arrow retoma as temáticas do episódio anterior, mostrando Oliver na busca de sua reafirmação enquanto Arqueiro Verde e seu conflito com as mudanças sofridas por Thea. Além disso, o episódio introduziu uma série de novos personagens, encaminhando a temporada para novos rumos.
Atenção, a Review à seguir contém Spoilers!!!
O segundo episódio da quarta temporada se inicia com uma cena extremamente bem coordenada de batalha com os integrantes do Team Arrow. Fica ainda mais visível o nível de integração desenvolvido pela equipe, cada vez mais digna suportar o manto para proteger Star City. Na cena, Felicity sugere ter um codinome, assim como para Diggle, o que já passou da hora de acontecer. Já ficou claro que Oliver não pode mais sair por ai gritando o nome da CEO de uma das maiores companhias da cidade sem esperar que ninguém suspeite de nada.
Mas o destaque do episódio vai para a condição de Thea. Fica logo claro que os efeitos do Poço de Lázaro estão cada vez mais evidentes, o que leva Oliver a confrontar sua irmã inúmeras vezes ao longo do episódio. A situação já se tornou insuportável, ao ponto que se Oliver não fizesse a necessária intervenção, logo Thea começaria a matar qualquer inimigo.
Foi muito bom que esse tema fosse logo abordado, pois certamente seria algo que se tornaria repetitivo e se arrastaria negativamente ao longo da temporada. Por mais que tenha parecido, de certo modo, tedioso ao longo do capítulo, será bastante produtivo para o futuro da temporada já ter esse problema tratado (e se espera que seja parcialmente resolvido com a ida de Thea a Nanda Parbat, quem sabe Malcolm não consegue ensinar algumas coisas? - além de trazer Sarah de volta...).
Ainda no episódio dessa semana, dois grandes personagens tiveram sua estreia, Curtis Holt (Echo Kellum) e Lonnie Machin (Alexander Calvert). Nos quadrinhos, os dois acabam se tornando vigilantes, enquanto Curtis Holt se torna o Senhor Incrível, Lonnie Machin se torna o Anarquia.
O vilão (quase) Anarquia - Foto: Reprodução Episódio |
Diferente dos quadrinhos, onde Lonnie é um jovem com nobres intenções de ir contra grandes empresas, visando a proteção do povo (mesmo que surja em alguns momentos como adversário de heróis como o Batman), no episódio vemos um personagem mais velho, talvez um pouco sádico e com intenções mais radicais (e nada nobres). Lonnie tenta entrar na COLMÉIA, sob a condição de impedir que Jessica Danforth (Jeri Ryan) corra nas eleições para prefeito. Seus métodos extremistas logo causam grandes repercussões na cidade e levam o mais calmo e centrado Damien Darhk a rapidamente abandonar a ideia de ter alguém caótico como Lonnie na COLMÉIA.
Apesar de sua breve participação, é extremamente provável que Lonnie venha aparecer novamente na série, dessa vez adotando o nome Anarquia e possuindo ideias mais definidos (o que faltou dessa vez). É algo até para se esperar, pois Arrow já se mostrou como uma série que busca desenvolver seus vilões e trabalhar melhor com seus momentos nas temporadas.
Por outro lado, também há a participação de Curtis Holt. Ele surge em meio à história de Felicity, o que foi um alívio em meio à todas cenas de ação do episódio. A presença de Felicity na Palmer Technologies serviu, além de introduzir Curtis e trazer alívio cômico, para reviver um pouco da personagem. Talvez pelo fato de estar sempre perto de Oliver e da equipe, Felicity tenha ficado ofuscada, o que levou a um declínio na apresentação do seu caráter individual. Sua participação na empresa foi essencial para reviver elementos que não se viam desde a segunda temporada, o que pode ajudar muito para um desenvolvimento positivo da personagem.
Nessa questão, a participação de Curtis será essencial, até mesmo para criar outro núcleo na série. Nos quadrinhos, ele acaba tomando o manto de Senhor Incrível, um dos homens mais inteligentes do universo da DC, com vastos conhecimentos em diversas áreas. Mesmo sendo provável a sua transformação em herói, provavelmente será algo que acontecerá lentamente, de uma forma similar a o que já vem sendo feito na série, onde se prioriza inicialmente o desenvolvimento das relações e personalidade, que serão bem construídos tendo Felicity ao seu lado.
Jessica Danforth em sua breve aspiração à prefeita - Foto: Reprodução Episódio |
A também estreante Jessica Danforth, em suas breves intenções à prefeitura, parece não ter mais grandes momentos para a história após o episódio. Provavelmente o único papel que os escritores almejavam para ela era servir como um símbolo para Oliver para que ele mesmo concorresse ao cargo de prefeito. Assim, após vários sermões do Capitão Lance, Oliver acaba percebendo que para realmente salvar Star City ele precisará lutar tanto na luz, enquanto prefeito, quanto nas sombras enquanto Arqueiro Verde. Nos quadrinhos, Oliver é eleito prefeito de Star City, continuando a lutar contra o crime através do sistema. Através de decisões e atos controversos, ele busca reviver Star City, chamando atenção positiva para a cidade, o que pode ser o caminho que a série seguirá.
Nos flashbacks, por fim, há a introdução do Baron Reiter (Jimmy Akingbola), que aparece inicialmente como um típico vilão chefe de milícia. Sendo uma adaptação do Baron Blitzkrieg dos quadrinhos, não há muito o que se relacionar com um vilão alemão da segunda guerra, mas os produtores podem usar a organização que o personagem comanda, que inclusive, tem relações com o Deathstroke ou Slade Wilson, o que pode ser um canal para o retorno do vilão na série.
Conclusão:
O episódio serviu como um desenvolvimento produtivo para a temporada, fazendo um bom trabalho em introduzir uma série de personagens sem prejudicar a trama. Mas pecou ao forçar a condição de Thea como um dos focos do episódio, além de não ter explorado toda a profundidade que o personagem Anarquia tem a oferecer. No geral, contudo, foi bastante coeso e eficiente para impulsionar o desenvolvimento de Oliver enquanto Arqueiro Verde e a figura pública de Oliver Queen, também preparando o terreno para a ida de Laurel a Nanda Parbat e para o retorno de Sarah.
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