Apenas no segundo episódio da temporada, The Flash não para de impressionar e atender aos altos padrões estipulados pelos produtores da série. Essa semana finalmente aprendemos um pouco mais sobre a terrível ameaça que Zoom apresenta e pudemos ver duas versões do Flash trabalhando juntos para salvar Central City.
Atenção, a Review à seguir contém Spoilers!!!
Seguindo diretamente do final do episódio anterior, Jay Garrick (Teddy Sears) se apresenta para Barry e a equipe dos S.T.A.R. Labs, trazendo muito mais do que apenas a sua identidade. Sua aparição foi extremamente importante para introduzir o conceito de Multiverso na série, que, graças à tolerável ignorância de Joe (que obviamente é conveniente para que os fãs que não estão familiarizados com os quadrinhos entendam o conceito), possibilitou ao Dr. Stein dar uma explicação bastante compreensível sobre a existência de infinitas terras, separando bem os conceitos de Terra 1 e Terra 2.
Para aqueles que não sabem ou não se lembram, Flash of Two Worlds (o nome do episódio) é o nome de uma das histórias do Flash onde Barry encontra Jay Garrick na Terra 2, a própria Terra de Jay. E por mais que existam diferenças, é muito bom ver a preocupação dos produtores em manter laços de fidelidade com as histórias clássicas dos quadrinhos. Por mais que se saiba que não é possível fazer uma adaptação literal dessas histórias, manter alguns pontos da fonte original definitivamente acumula pontos para a série.
O Flash Negro - Imagem: Reprodução Internet |
Apesar de não ter seus poderes, Jay Garrick teve outra grande participação no episódio. Além de ter uma boa interação com a equipe, serviu muito bem para substituir o papel de tutor desempenhado por Harrison Wells, sendo o segundo velocista a ensinar novas técnicas a Barry e fazê-lo evoluir como herói. Talvez atrasar seu retorno à Terra 2 por mais algum tempo não seja algo tão ruim, e certamente seria produtivo para Barry.
Essa relação, contudo, não surgiu rapidamente. Inclusive pela experiência vivida com Wells, Barry demonstrou enormes problemas para confiar em Jay, preferindo ser, dessa vez, muito mais um "homem da ciência", que precisa ter todos os fatos provados. Isso mostra como ele ainda está muito marcado pela traição de Wells, mas a questão é até quando durará esse sentimento. O problema todo disso, foi o prolongamento dessa barreira levantada por Barry, que talvez não fosse de todo necessário (e que poderia ter sido convertido em mais cenas com Jay ou Zoom!). Nesse aspecto, foi bom ter Iris por perto para lembrá-lo de quem ele é, quem foi o Barry que cresceu acreditando no impossível e o mesmo Barry que se tornou o Flash sem nenhuma dúvida em seu coração. Talvez seja esse o papel que Iris precise desenvolver nessa temporada e que Barry realmente precise.
A aparição de Jay também se mostrou bastante beneficial para Caitlin. Depois da morte de Ronnie, eu realmente temia que ela fosse seguir por um caminho muito mais sombrio e melancólico, o que realmente não acredito que funcione para a personagem. Por mais que unilateral, a tensão romântica com o Cometa Vermelho trouxe humor para o episódio e um lembrete de que a personagem ainda está viva na história.
Outro ponto aprofundado no capítulo foi a condição de Cisco. Cada vez mais o personagem tem suas habilidades desenvolvidas, se aproximando da versão dos quadrinhos do herói Vibro. Lá, seus poderes vibratórios o permitem sentir travessias entre as dimensões, além de criar ondas destrutivas de vibração. A série vai caminhando mais para a primeira opção, pois, ao que parece, Cisco consegue ver entre as diferenças entre essa e a outra Terra, podendo, possivelmente, ver outras diferenças que venham a acontecer referentes as outras Terras (tivemos 52 pontos de matéria exótica confirmados no episódio, quem sabe o que mais poderia aparecer?).
Cena do episódio com Barry Allen e Jay Garrick vs. a capa da edição "Flash of Two Worlds" |
Já o Demônio da Areia veio com uma função similar ao Esmaga-Átomo, fazendo o seu papel de "vilão do dia" e preparando o palco para o grande espetáculo, Zoom. Mas ele não foi de todo inutilizado, por sua causa Barry pode agora disparar raios, o que é bem legal, mas espero que seja minimamente útil para ele no futuro.
Um destaque vai para Patty Spivot (Shantel Van Santen), que teve sua estreia no segundo episódio e chegou com força para determinar a personagem. Uma recém formada policial, com um passado marcado pela ameaça de meta-humanos, em especial os irmãos Mardon, Patty tem muito para adicionar para a história. Além de substituir o papel de Eddie como parceiro de Joe, ela pode trazer mais um alívio cômico para a série com pequenas tiradas como a referência à Monty Python, o que não prejudica a profundidade que a personagem aparenta ter. É importante notar que nas histórias dos Novos 52 dos quadrinhos, Patty tem um envolvimento romântico com Barry, então quem sabe o que vem por ai?
Conclusão:
Mesmo não tendo um real encontro entre velocistas com todos os seus poderes à disposição, foi muito bom ver Barry Allen e Jay Garrick juntos e focados em um mesmo objetivo. Zoom será um grande desafio que Barry deverá superar e um vilão que certamente trará dificuldades até o final da temporada. Apesar do episódio ter alguns pontos desnecessários, como a aparição da mãe de Iris e o prolongamento do ceticismo de Barry, outros pontos como a presença do discurso de Oliver que levou ao nascimento do Arqueiro Verde, a explicação do Multiverso e as referências aos quadrinhos só vieram a adicionar ao brilhantismo do episódio.
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