Passados quase cinco meses sem saber o destino de Barry Allen após sua investida (quase que sem qualquer esperança) em direção a um enorme vórtex para salvar Central City, The Flash retorna para a sua segunda temporada com velocidade máxima.
Atenção, a Review à seguir contém Spoilers!!!
O episódio não começa com os eventos imediatamente posteriores ao "cliffhanger" deixado na season finale, mas ao invés disso, vemos um melancólico Barry já com seis meses passados do catastrófico evento. Após salvar a cidade, Barry resolveu que não deveria mais trabalhar em equipe, pois estaria colocando seus amigos em constantes perigos, passando, desde então, a trabalhar sozinho na proteção à Central City e seus cidadãos. Partindo em caminhos separados, Cisco agora auxilia Joe em uma recém formada força tarefa contra meta-humanos e Caitlin passou a trabalhar nos laboratórios Mercury. Também aprendemos que Eddie realmente está morto.
Ao invés de nos depararmos com cenas acolhedoras e um ambiente típico daquele construído na primeira temporada, dessa vez The Flash abre a nova temporada com um clima muito mais sombrio. Mesmo com a vitória sobre Harrison Wells e com Central City salva de sua iminente destruição, não há em um primeiro momento qualquer celebração por Barry, mas sim um evidente sentimento de culpa e não cumprimento de dever, vez que nas cenas seguintes são revelados os acontecimentos posteriores da season finale e aprendemos que Ronnie se sacrificou para fechar o vórtex.
Ao longo do episódio, essa ambiência sombria vai sendo desconstruída e vemos cada vez mais dos caminhos seguidos pelos personagens principais. A interação entre Cisco e Joe funciona muito bem e o humor que Cisco traz para a Delegacia de Polícia de Central City certamente é algo que pode ser mais explorado futuramente. Caitlin, por outro lado, aparece muito mais abatida. A morte de Ronnie fez com que ela retornasse a um humor semelhante ao do início da primeira temporada, o que definitivamente pode contribuir para a sua transformação em Nevasca.
O episódio segue com a comemoração do Flash Day, que, apesar de Barry não se sentir merecedor, Central City certamente pensa o contrário. Relutante e após um empurrão de Joe (através de Iris), Barry resolve aparecer no evento como o Flash. A comemoração, contudo, é interrompida com a aparição de um novo vilão, o Esmaga-Átomo ou Al Rothstein, interpretado pelo ex-lutador de WWE, Adam Copeland.
Sem ter muito o que julgar sobre a atuação, Esmaga-Átomo aparece como um bom "vilão do dia", com a simples motivação de matar o Flash e sem apresentar grandes desdobramentos para a história. Apesar disso, ele serve como uma eficiente ameaça inicial e um lembrete de que Barry fica mais forte quando os seus amigos estão ao seu lado. Para derrotá-lo, Barry se une novamente a equipe (mesmo que a iniciativa tenha vindo mais dos outros), mas dessa vez com Iris servindo como um novo ponto de união entre a equipe dos S.T.A.R. Labs, além da presença do Dr. Martin Stein. Dessa nova formação, é interessante ver como o Dr. Stein serve, de certa forma, como um substituto para Wells. Tendo maior experiência e vasto conhecimento científico, ele poderá ser um dos grandes pilares de Barry e da equipe para enfrentar as adversidades que vem por ai.
O novo vilão Al Rothstein - Foto: Reprodução episódio |
Outra grande consequência que é revelada com a aparição do Esmaga-Átomo é que ele foi mandado para matar Barry por Zoom e o mais estranho é que a recompensa para tal feito seria retornar para sua casa....ok. Como assim? Durante o episódio também é mostrado que Al Rothstein (o vilão) foi dado como morto, então quando ele fala em "voltar para casa", poderia ser voltar para a "sua Terra", sua realidade original. Isso quer dizer que o Al da realidade que conhecemos realmente está morto e esse outro Al viria de uma outra realidade após o paradoxo criado por Eddie na season finale.
Essa ideia traz a possibilidade de voltarmos a ver Eddie (Rick Cosnett), assim como o Dr. Wells (Tom Cavanagh) em uma realidade alternativa, até porque os dois atores já estão confirmados para a segunda temporada, sem falar aqui da aparição de Wells (ou Eobard Thawne para quem preferir) já nesse primeiro episódio, com a gravação da sua confissão do assassinato de Nora Allen, a mãe de Barry.
O episódio terminou com um tom muito mais alegre e característico da série com a liberação de Henry Allen, o pai de Barry, após vários anos de encarceramento por um assassinato que ele não cometeu, e uma reunião com todos os membros da equipe Flash. Esse é definitivamente um dos pontos mais fortes do episódio, criando um grande momento entre Barry e seu pai, mesmo com o anúncio de que ele não ficaria em Central City. Esse afastamento pode realmente ajudar Barry a manter seu foco, além de que ele pode contar com a sua forte relação de pai e filho com Joe, que também foi bem trabalhada no episódio.
Conclusão:
A segunda temporada de Flash chegou com tudo e mostrou que a série veio para ficar. Mesmo não sendo um episódio recheado de ação, a estreia teve excelentes momentos de desenvolvimento emocional entre os personagens, mostrando que para fazer sucesso com uma história de super-heróis não é necessário somente ter boas cenas de ação, mas também ter história e personagens bem trabalhados. Mesmo com o alto nível da primeira temporada, a continuação definitivamente tem todas as ferramentas para seguir com o projeto e deixá-lo melhor ainda.
PS: Breve, mas sem poder deixar de falar, também tivemos a aparição de Jay Garrick no final do episódio, para quem quiser ver mais, confira AQUI a promo do próximo episódio, "Flash of Two Worlds".
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