O décimo primeiro episódio de Arrow suspendeu a trama principal enquanto pudemos ver mais do passado de Diggle e Andy. Amanda Waller também marcou seu retorno com um caso envolvendo diretamente a A.R.G.U.S, ao mesmo tempo que Felicity tenta lidar com seus novos desafios.
Atenção, a Review à seguir contém Spoilers!!!
O capítulo da semana teve seu principal foco direcionado sobre a família Diggle. A trama chega em bom momento, logo após o primeiro real contato entre John e Andy, que aparentavam ter cortado relações permanentemente, mas finalmente passam a mostrar uma leve reaproximação. Com um plot todo voltado para Diggle, restou espaço de sobra para que os dois se reconciliassem, poupando episódios futuros com o drama entre irmãos.
Isso dito, toda a dinâmica do episódio funcionou muito bem. Tivemos uma boa chance de perceber como Andy era há 5 anos, porque John passou a admirá-lo e o porquê da sua decepção ao perceber que seu irmão estava envolvido com Damien Dahrk. No presente, Andy teve a chance de mostrar que está disposto a mudar, mesmo quando teve a oportunidade de fugir, agora aparentando estar com consonância com o objetivo de reconstruir seus laços entre a família.
Em um episódio centrado no seu personagem, David Ramsey sobressaiu na atuação, deixando evidente a angústia entre confiar no dúbio irmão ou proteger sua família a todos os custos. Agora com o "pequeno Diggle" mais próximo dos heróis, certamente há muito a ser explorado entre os irmãos, fora que Andy pode adicionar muito à equipe (assim como ainda pode causar muito mal, se entrar novamente em contato com Dahrk).
Andy, ainda encarcerado, abala a confiança de Diggle - Foto Reprodução Episódio |
A presença da organização Shadowspire, por sua vez, não trouxe nada muito novo para a série, mas foi capaz de produzir uma notável ameaça à A.R.G.U.S., que até agora parecia intocável. Mas principalmente, foi um alívio ver outro grupo surgir em meio ao conflito com Damien Darhk. A COLMEIA é, sem dúvidas, uma poderosa organização com uma coleção de interessantes membros, ocorre que temos visto muito pouco disso, nos deparando mais com os nada interessantes Fantasmas, que parecem poder ser derrubados por qualquer um hoje em dia.
Um dos pontos críticos da semana foi a aparente morte de Amanda Waller. Mesmo diante de todas as camadas de frieza e da sua clara falta de qualquer valor sobre a vida humana, ainda é duro ver uma cena em que um personagem chave é tirado do jogo de uma maneira tão crua. Ainda assim, fica difícil acreditar que a participação de Waller acaba por aqui, e não estou falando de possíveis aparições em flahsbacks.
Não há dúvidas que a líder da A.R.G.U.S. sempre foi uma mulher com muitos recursos, sendo assim poderia facilmente ter forjado sua morte. E ainda há a questão que o misticismo e tecnologias avançadas já estão muito bem introduzidos no universo de Arrow, então ainda é possível que a personagem retorne em algum futuro. Outra hipótese é que sua morte foi real e Amanda Waller está cortada da série, vez que no filme do Esquadrão Suicida também há uma Amanda Waller (e obviamente a DC não gostaria de ver seus fãs confusos com um mesmo personagem interpretado de maneiras diferentes). Seja qual for a razão, foi um passo arriscado tirar Waller do jogo, grandes implicações virão disso.
Visual da Morte nas HQs |
Felicity também teve boa carga da trama voltada para o seu plot. Ainda se recuperando de seus ferimentos, a personagem precisou lidar com uma nova realidade se locomovendo em uma cadeira de rodas. Mesmo que o óbstáculo físico seja um problema, seu principal desafio foi superar o trauma emocional, que veio de uma forma bastante peculiar. A nova dificuldade manifestou uma alucinação em forma da antiga, gótica, rebelde e irritada Felicity para assombrá-la. O interessante é que o visual dessa alucinação gritava semelhanças com a Morte dos quadrinhos de Sandman, o que fez muitos fãs especularem sobre um possível crossover, mas que ao final não apresentou qualquer ligação (pelo menos por hora, mas ainda acredito que essa foi apenas uma jogada dos produtores para agitarem a fã-base).
Por sorte, Felicity não deu ouvidos a assombração e voltou ao jogo mais forte do que nunca, finalmente recebendo seu aguardado codinome: Oráculo..... Overwatch para falar a verdade. Por mais que a Srta. Smoak tenha adquirido inúmeras características da personagem Oráculo (Bárbara Gordon) dos quadrinhos, ainda assim ela ganhou uma identidade secreta própria (Oliver ainda brincou com a possibilidade de realmente usar Oráculo como codinome, mas afirmou que o nome já está em uso, então é possível supor que Bárbara Gordon existe no universo de Arrow, o que implica diretamente na existência de Gotham e do Batman).
Outro ponto positivo foi o breve "hiato" na história dos flashbacks, dessa vez sendo exibido um pouco do passado de Diggle. Lá vemos ele e seu irmão em sua missão no Afeganistão e pudemos entender um pouco mais do link entre os dois. O ponto curioso dos flashbacks foi a ligação feita o tempo de Oliver na ilha, através dos quais aprendemos como Baron Reiter descobriu Lian Yu. Reiter tem sido um mistério até agora e resta saber se ainda veremos mais do personagem no presente e se haverá alguma participação junto a Damien Darhk.
Conclusão:
"A.W.O.L." recuperou um pouco do ar da temporada, aliviando levemente o peso do conflito contra Dahrk, que vem se arrastando sem grandes desdobramentos há certo tempo. Mesmo que tenha fugido da trama central, o episódio ainda assim apresentou grandes momentos e veio para mostrar, mais uma vez, que David Ramsey tem força suficiente para representar Diggle como personagem principal quando preciso.
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