O futuro dos Kamen Riders e o universo expandido da franquia


Com quarenta e cinco anos de trajetória, a franquia Kamen Rider se mostra como uma das mais populares do gênero Tokusatsu e continua se reinventando e cativando novas pessoas a cada série nova.

Kamen Rider é uma franquia que sempre me chamou atenção, fico surpreso como a cada ano a equipe criativa da Toei se empenha em fazer um herói totalmente diferente do anterior. Apesar de todo ano escutar aquela velha ladainha de "Nossa, que Rider estranho", tento nadar contra a maré e enxergar que por trás daquele visual ou daquela temática, ouve uma pesquisa pesada e muito trabalho envolvido até chegar ao produto final. Quando era mais novo eu tinha sempre um bloqueio com a série do ano seguinte, mas amadurecer faz parte do crescimento do ser humano e passei a olhar os heróis de outra forma.

Kamen Rider Black foi o primeiro contato com a franquia para os fãs brasileiros - Foto: Reprodução internet

Meu primeiro Kamen Rider (além de Black e RX) foi Kamen Rider Kabuto (2006). Meu retorno à franquia de Shotaro Ishinomori despertou o interesse de acompanhar séries mais antigas como Kamen Rider Amazon (1974) e seguir em frente com as posteriores de Kabuto. Meu único problema com os Riders eram as tramas limitadas e eu percebi que algumas séries tinham o potencial de continuarem de outra forma, seja contando histórias de outros personagens ou até mesmo abordar a trajetória de um vilão. O mais perto que tivemos disso anos atrás foi com o sucesso incontestável de Kamen Rider Den-O (2007) que gerou diversos longa metragens e especiais.

Esse é o único ponto "negativo" que encontro nas séries Kamen Rider, um problema particular meu. Talvez eu tenha essa vontade de ver outras histórias com personagens que gosto devido à forte influência que tenho de quadrinhos norte americanos da Marvel e DC onde não existe limite para a criação de novas histórias. Tenho que entender que um programa televisionado é muito mais caro que a produção de um quadrinho, mesmo sabendo que o desenvolvimento de novas tramas é complexo tanto para TV quanto para histórias de gibi.

Kamen Rider Gaim, um divisor de águas na franquia - Foto: Reprodução internet

Em 2014 (nossa, já faz tanto tempo assim heim?) o fim de Kamen Rider Gaim (2013) abriu um novo leque de possibilidades para os Riders. Talvez pela alta popularidade, o herói que foi "massacrado" por ter um visual diferente ganhou quatro especiais chamados Kamen Rider Gaim Gaiden que contaram histórias separadas de personagens que não foram explorados completamente na televisão. O sucesso foi tremendo, que a sua sucessora Kamen Rider Drive (2014) surfou na mesma onda com os mini-especiais Secret Missions e Drive Saga que ainda tem lançamento programado para Novembro desse ano. É a oportunidade de continuar acompanhando aquela série que você amou tanto. E se você acha que parou, sinto muito te dizer que não. Kamen Rider Ghost (2015) que encerrou no último final de semana chega também com o seu projeto intitulado "Re:Birth" (que segue os mesmos moldes do Gaiden e do Saga) com lançamento programado para 19 de Abril de 2017 e traz o personagem Specter como protagonista.

A despedida de Kamen Rider Ghost não foi tão triste, Re:Birth vem aí! - Foto: Reprodução internet

Se distanciando um pouco da atmosfera das séries da TV Asahi, Kamen Rider Amazons (2016) trouxe uma abordagem diferente para os fãs da franquia com um seriado voltado para o público adulto fora da cronologia original de Kamen Rider. O sucesso foi tão estrondoso que uma segunda temporada foi encomendada e tem estreia programada para o ano que vem no serviço de stream da Amazon. Não é ser muito otimista, mas é provável que nos anos que se seguem, outros Riders ganhem novas histórias nos mesmos moldes.

Em uma época onde a invasão de heróis norte americanos "bombardeia" os cinemas no mundo inteiro e também canais de televisão e stream, parece (e torço que continue assim) que a Toei acordou e começou a explorar suas séries de outras maneiras, a produtora tem um extenso material de mais de quatro décadas para aproveitar e extrair outras coisas bacanas para que os fãs carentes (como eu) possam assistir e continuar acompanhando.

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