Animais Fantásticos e Onde Habitam é um maravilhoso retorno ao mundo mágico
Por Raphael Maiffre Em novembro 17, 2016 0
Com cinco anos de diferença do último longa do bruxo mais popular dos cinemas, Animais Fantásticos convida novamente os fãs da saga clássica a se aventurarem no universo mágico criado por J.K Rowling mas não esquece de abrir portas para uma nova geração.
É muito difícil escrever uma crítica onde o lado do fã apaixonado não aflore, ainda mais quando o filme ainda está fresco em sua mente. Harry Potter e toda a sua saga tem uma importância grandiosa na formação de vários fãs, inclusive foi responsável por despertar a paixão por leitura. E isso por si só já é um ponto positivo.
Animais Fantásticos se situa no passado, deixemos de lado a história de Potter e voltemos setenta anos atrás em uma Nova Iorque no período da Lei Seca e próxima da Grande Depressão da década 30, esse último detalhe é muito bem representado quando o personagem Jacob (Dan Fogler) precisa abrir um negócio e o banco está sendo fundos para ajuda-lo. Além disso, ainda existe um clima de tensão dentro da comunidade bruxa norte-americana, em relação a exposição deles para os no-majis (ou trouxas como os fãs de Harry Potter já estão acostumados).
No meio de todo esse turbilhão é que somos apresentados a Newt Scramander (Eddie Redmayne), um jovem e excêntrico bruxo que se auto-intitula magizoologista. Ele viaja o mundo inteiro catalogando e salvando animais mágicos dentro de sua maleta mágica, tudo isso com o intuito de lançar seu livro sobre essas criaturas e mostrar que tais seres podem conviver de forma pacífica com os bruxos. A chegada de Newt a Nova Iorque acaba desencadeando uma série de problemas depois que sua maleta é aberta acidentalmente.
O longa resgata um pouco da atmosfera de Harry Potter e a Pedra Filosofal, a sensação é de que estamos vendo tudo pela primeira vez, o que não deixa de ser uma verdade, visto que Animais Fantásticos apresenta o universo mágica sob outra ótica e com personagens mais velhos. E seu clima despretensioso consegue cativar um novo público enquanto brinda os veteranos com referências e um tom mais maduro de elementos que foram apresentados anos atrás em Harry Potter.
Uma das grandes novidades de Animais Fantásticos é a participação de J.K Rowling que dessa vez não só supervisiona o filme mas foi responsável pelo roteiro. A escritora britânica teve a ajuda de David Yates e Klove Steve. Steve foi responsável pelo roteiro de sete dos oito filmes da franquia original enquanto David Yates dirigiu "A Ordem da Fênix" e "O Enigma do Príncipe". Também tivemos a presença de David Heyman que produziu todos os filmes de Harry Potter e agora carimba sua participação nessa nova fase da obra de Rowling.
Se a direção era algo a se elogiar, com certeza o mesmo pode ser dito da equipe envolvida na direção de arte e musical do longa metragem. A ambientação da Nova Iorque dos ano trinta é admirável e o espectador consegue captar através das cores o clima de depressão social que rondava naquele período. A trilha sonora assinada por James Newton Howard transmite muito bem a atmosfera do filme e usa faixas conhecidas pelos fãs de longa data para construir o ritmo da história.
Por fim temos o novo elenco que dessa vez aposta em mais rostos conhecidos do que a saga original. Cada personagem tem sua história muito bem desenvolvida nos cento e quarenta minutos do filme. Todos os medos daquela época refletem em cada um deles sendo bruxos ou no-majs.
Com a já confirmação de outros quatro filmes dessa nova saga, é evidente que a história de Newt não irá ser focada apenas em sua aventura para catalogar as criaturas mágicas. Um novo mal que já é mostrado no longa começa a emergir e deve desencadear uma série adversidades dentro e fora do universo mágico. Animais Fantásticos é ao mesmo tempo simples e grandioso. Um maravilhoso retorno ao mundo bruxo.
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