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Crítica
Guardiões da Galáxia
Guardiões da Galáxia retornam com humor e nova equipe para salvar o mundo
Guardiões da Galáxia retornam com humor e nova equipe para salvar o mundo
Por Kiki Bélico Em abril 27, 2017 0
Três anos após a estreia da não tão conhecida esquipe dos Guardiões da Galáxia nos cinemas e com uma agradável surpresa ao introduzir heróis de fora da Terra de maneira divertida e inovadora, eles retornam para o segundo volume de sua aventura.
Ao serem contratados para proteger poderosas baterias desenvolvidas pelos Soberanos, os Guardiões, ao completarem sua missão são então perseguidos até o planeta mais próximo, onde precisam fazer um pouso forçado. Eles descobrem que foram salvos por ninguém menos que o pai que Peter Quill tanto procurou, Ego. A partir daí, a equipe se separa quando Drax, Gamora e o Senhor das Estrelas acompanham Ego ao seu planeta em busca de respostas. A história contada por Ego parece uma verdadeira utopia, até que uma sub-trama, que envolve o futuro de todo o universo, faz com que os Guardiões montem uma nova equipe para salvar a Galáxia mais uma vez.
Assim como a primeira instalação, o filme é extremamente carregado de piadas , momentos cômicos, e referências que remetem a pontos significantes dos quadrinhos e elementos já trabalhados no universo cinematográfico da Marvel. O diretor James Gunn consegue integrar esta fórmula à narrativa, deixando a história bastante harmônica, apesar de que em alguns momentos o excesso do elemento cômico fica evidente e quebra o desenvolver da trama, que poderia ter sido construída sem tantas risadas pontuais.
Não há dúvidas que Gunn construiu essa técnica com maestria no primeiro filme de Guardiões e continua trazendo excelentes piadas que entretêm o público e geram bons momentos de diversão. Mas a abundancia acaba obrigando o diretor a manter um padrão prejudicial, que não permite aproveitar o bom e criar algo ainda melhor.
Acompanhando o ressurgimento da estética dos anos 80, o Volume 2 pega carona e resgata elementos desta década que ficou marcada por suas músicas, vestuário, cores, games e até mesmo ícones de uma geração, que aparecem como um presente para os fãs atentos e como personagens dentro da própria trama, transformando o filme em um grande caça de referências.
Os Guardiões originais retornam, e a equipe recebe adições de personagens vistos no primeiro filme e que passam a ter mais presença, assim como novas participantes. Um exemplo disso é Nebulosa, que deseja matar sua irmã Gamora, e tem a continuação do seu conflito explorado no filme apresentando um motivo para sua aproximação com o time, mesmo que isso se dê maneira superficial.
Drax e Groot são o alívio cômico, mas fazem isso de maneiras diferentes. Enquanto o baby Groot amolece o coração do público, Drax faz com que piadas rasas funcionem pelo próprio jeito de ser do personagem. Mantis chega como uma adição a esta química de humor e se adequa perfeitamente bem formando uma boa dupla com Drax.
Apesar de todas as reclamações e respostas atravessadas, conseguimos perceber um pouco do que há por baixo de tanto sarcasmo de Rocket quando a trama permite uma interação mais íntima dele com Yondu, que possui uma história bastante parecida e dolorosa, criando uma breve conexão entre os dois personagens que poderiam tornar-se uma dupla incrível, mas que infelizmente é logo descartada.
Apesar de não parecer inicialmente, o filme trata prioritariamente da relação entre Peter e seu pai, que se revela poderoso e não exatamente o que o Senhor das Estrelas esperava. O curto contato entre os dois desenvolve vários estágios de uma relação de maneira muito rápida, e vai da falta de confiança por encontrar o pai depois de tanto tempo, ao deslumbramento com o as histórias do passado e do poder de Ego, até descoberta final que irá mudar a rota da história e os sentimentos de Peter Quill.
Um ponto que sempre chama atenção nos filme dos Guardiões é a estética visual que é trabalhada com cuidado e esmero, trazendo bonitos cenários e caracterizações dos personagens, como vemos na raça dos Soberanos em suas peles e locações douradas, no planeta Ego, figurinos dos personagens seja da equipe principal ou das muitas equipes de Saqueadores. Também pode-se ressaltar os efeitos especiais de ponta, computação gráfica e maquiagem que constroem galáxias distantes e incríveis mundos extraterrestres.
Claro que não é possível finalizar sem falar sobre as já icônicas e características trilhas sonoras de James Gunn para Guardiões da Galáxia, que embalam o filme sejam os momentos cômicos ou épicos, associando hits marcantes as suas produções cinematográficas. O Awesome Mix Vol. 2 é uma seleção para, junto com o Vol. 1, não sair da playlist de ninguém depois de deixar o cinema.
As referencias apresentadas são positivas. É bom ver elementos dos quadrinhos tão bem representados e altamente explorados nos cinemas, mas não se forma um filme somente de referências, mas sim de narrativas bem construídas e bons personagens. Para um Volume 3, o longa talvez precise de menos referências e de uma história mais sólida. No geral é um bom filme para se assistir com a família e amigos e dar boas risadas enquanto aproveita a trilha sonora.
Nota: 7,0
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