Com a aproximação da estreia da mais nova encarnação da "Múmia" e claro o inicio do novo universo de monstros da "Universal Studios", o culto em torno da personagem é evidente nos quatro cantos da internet.
Estreando na próxima Quinta (08) no Brasil mas chegando apenas no mercado Norte-Americano na Sexta-Feira (09), "A Múmia" de Alex Kurtzman é o primeiro capítulo na saga que conheceremos como "Dark Universe". A trama do longa metragem que traz Tom Cruise como co-protagonista, traz a criatura milenar para os tempos modernos onde uma batalha pela sobrevivência será travada em Londres. Não vou me ater a detalhes para não estragar o plot do filme (já que muito foi divulgado em sinopses e teasers) mas essa não é a primeira vez que a empresa mais conhecida por blockbusters como Jurassic Park e Velozes e Furiosos, cria um universo compartilhado.
Boris Karloff na primeira versão da "Múmia" - Foto: Reprodução internet |
Em um período onde o cinema começava a tomar forma, a Universal Studios apostou no gênero do terror para alavancar sua marca que naquela época era muito tímida se comparamos aos tempos atuais. Apesar de ser pouco falado, tudo começou com o drama "O Corcunda de Notre-Dame" de 1923, mas foi com o Drácula (1931) de Béla Lugosi que esse "universo" começou a se moldar. Em seguida tivemos Frankstein (1931), A Múmia (1932), Lobisomem (1941), entre outros. Mas em outra hora eu comento sobre cada um deles, hoje vamos nos atentar ao sacerdote do antigo Egito.
Dirigido por Karl Freund e re-aproveitando Boris Karloff que viveu o Monstro de Frankstein, chega o filme "A Múmia" em 1932. Filmado em preto e branco o longa metragem traz o sacerdote de nome Imhotep, que volta ao mundo dos vivos devido a um velho pergaminho que foi acidentalmente descoberto por um arqueólogo. O monstro está a procura do seu antigo amor que lhe foi roubado no passado e deseja mumifica-la para juntos viverem como iguais.
Assim como os outros astros da Universal, A Múmia fez um sucesso relativo o que gerou as sequências: A Mão da Múmia (1940), A Tumba da Múmia (1942), O Fantasma da Múmia (1944) e A Maldição da Múmia (1944). Mais tarde uma empresa concorrente (Hammer) criaria sua própria franquia com o personagem iniciando com A Múmia (1959), o que geraria mais três continuações. Entretanto nenhum dos filmes citados acima conseguiram repetir efetivamente o sucesso do percussor e por muito tempo Imhoteh ficaria enterrado até voltar novamente no final dos anos 90.
Provavelmente a versão mais conhecida do grande público, A Múmia (1999) - Foto: Reprodução internet |
Com o frescor dos filmes de ação e aventura da época, A Múmia (1999) retornou com uma nova cara e efeitos especiais de ponta. Dirigido por Stephen Sommers que mais tarde também apresentaria uma versão moderna de Van Helsing (2004), a nova versão trazia o aventureiro americano Rick O'Conell (Brendan Fraser) ao lado da bibliotecária Evelyn (Rachel Weisz). Situado em 1926, um grupo de arqueologistas descobre uma tumba na cidade perdida de Hamunaptra. Dentro da tumba encontrado o corpo de Imhotep (Arnold Vosloo), o sacerdote do Faraó Seti (Aharon Ipalé), que foi mumificado vivo além de ter recebido a mais terrível das maldições por ter dormido com a amante do faraó e, movido por ciúme doentio e amor, ter matado o Faraó. Imhotep é despertado naquele período após um dos membros da expedição ler um antigo manuscrito sagrado.
Com grande receptividade do público, a versão que misturava um pouco de humor com terror e aventura rapidamente se consagrou e ganhou duas continuações, O Retorno da Múmia (2001) e A Tumba do Imperador Dragão (2008) além de uma animação e uma história em quadrinhos publicada pela editora IDW. Com o baixa receptividade do terceiro filme, a franquia de Sommers logo ficou esquecida por Hollywood e as chances do quarto e prometido longa metragem foram por água a baixo.
Tom Cruise terá muito trabalho pela frente para enfrentar a nova Múmia, Ahmanet - Foto: Reprodução internet |
No intervalo até a versão que estreia em 2017, vários filmes "B" tentaram emular o sucesso dos antecessores mas sem êxito. Entre eles estão, O Dia da Múmia (2014) que tem Danny Glover no elenco e Múmia - A Ressurreição (2014). Filmes bem precários que se aproveitaram da trilogia dos anos 90 / 2000 mas nem sequer chamaram atenção. E pasmem! Ainda tem um crossover "Frankstein vs A Múmia" de 2015, um outro desastre.
Com a chegada do "Dark Universe", A Múmia (2017) acaba se tornando o filme mais importante de toda à saga, afinal ele irá ditar o que está por vir e o seu sucesso será o termômetro para saber se está na hora de termos esse universo compartilhado de monstros ou se devemos deixar o monstro do Egito dentro do seu sarcófago.
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