Círculo de Fogo: A Revolta expande o universo da franquia e mantém o tom da obra original


Cinco anos após a estreia de “Círculo de Fogo”, os Jaegers e Kaijus retornam em uma nova e impactante aventura recheada de ação e reviravoltas.

A obra de Guillermo del Toro tornou-se um grande sucesso entre os amantes de monstros gigantes e mechas (robôs). Círculo de Fogo (2013) foi ousado em apresentar um formato que só era visto em seriados e filmes japoneses, que em sua grande maioria não tinham grande orçamento e ficavam reestritos ao território nipônico, com exceção de alguns filmes de Godzilla e Ultraman. A fórmula básica da humanidade versus monstros gigantes foi abraçada pelo público e durante longos cinco anos os fãs aguardaram a sequência, que até pouco tempo parecia incerta.

Dez anos após o “Círculo de Fogo”

“A Revolta” da um salto de dez anos do primeiro longa metragem. A humanidade vive um periodo de calmaria, mas os estragos causados pelos Kaijus ainda estão evidentes em boa parte da terra, sobretudo em cidades litorâneas. Um “comércio” ilegal de peças de Jaegers agora faz parte do cotidiano daqueles que procuram montar os seus próprios robôs. E é nesse momento que conhecemos Jake (John Boyega), o filho de Stacker Pentecost (Idris Elba), que diferente do seu pai preferiu viver à margem da sociedade e a novata Amara (Cailee Spaeny) que construiu seu próprio “Jaeger” e por conta disso foi recrutada junto com Jake para ser uma “Ranger” na nova equipe dos pilotos.

John Boyega interpreta Jake Pentecost - Foto: Reprodução internet 

A trama se aprofunda à medida que conhecemos novos personagens e rostos conhecidos retornam. Mako (Rinko Kikuchi) e o doutor Newton (Charlie Day) agora trabalham na misteriosa Shao Corporation, comanda pela chinesa Liwen Shao (Jing Tian), que promete substituir os Rangers por drones. A história fica mais sombria quando Jake e seu parceiro Lambert (Scott Eastwood) são atacados por um Jaeger “Pirata” durante uma apresentação em Sidney desencadeando uma série de eventos que levam é claro ao retorno dos Kaijus.

Uma mudança de tom, mas mantendo o ritmo do longa original

A continuação de “Círculo de Fogo” não foge da atmosfera criada na obra original. Apesar de adicionar doses de humor e trocar o filtro escuro pelo filtro claro, para dar maior destaque aos combates, “A Revolta”cumpre seu papel em entregar uma sequência que respeita a aventura de ficção cientifica criada por del Toro, adicionando mais ação e reviravoltas que prendem a atenção do telespectador.

Os amantes das trilhas sonoras terão momentos emocionantes, sobretudo quando o tema original de “Pacific Rim” toca pela primeira vez em uma situação instigantebem perto do climax. Os efeitos especiais continuam a surpreender, a Legendary Pictures com certeza é a produtora ideal para abraçar filmes de monstros gigantes e robôs. E depois disso tudo você ainda vai querer levar um Kaiju e um Jaeger de brinquedo para casa, porque todos estão muito bem desenhados e impactantes na telona.

Gipsy Avenger vs Kaiju - Foto: Mega Hero

O que esperar do futuro?

“Círculo de Fogo: A Revolta” encerra com um gancho para uma próxima continuação. A direção competente de Steven S. DeKnight transporta sua mente para um universo fantástico que impressiona a cada cena. Será dificil não sair do cinema e torcer por uma terceira aventura.

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