Ridley Scott foge da escuridão do espaço para contar uma história em um mundo fantasioso, repleto de criaturas místicas e um ser que pode assustar tanto quanto o "Oitavo Passageiro".
Clássico indubitável da Sessão da Tarde, A Lenda (The Legend no original) de 1985 reúne três grandes astros da década, Mia Sara, Tom Cruise e o multifacetado Tim Curry. Devo confessar que a obra não me chamou atenção quando eu era mais novo e só agora mais de trinta anos depois que pude assistir.
O filme de Ridley Scott apesar de não ter feito sucesso de bilheteria e crítica na época, concorreu ao Oscar, BAFTA e Saturn Awards e anos mais tarde ganhou o status de Cult pela obra. A Lenda é um longa metragem do gênero "Dark Fantasy" e veio em uma rica safra de filmes semelhantes na segunda metade da década de oitenta.
Lili (Mia Safra) e Jack (Tom Cruise) - Foto: Reprodução internet |
A história começa apresentando a princesa Lily (Mia Safra), uma jovem e inocente garota que foge do luxo do seu palácio para visitar os amigos na floresta. Jack (Tom Cruise), um habitante de lá a leva para conhecer os místicos Unicórnios. Ele avisa para não se aproximar dos seres, mas a princesa desobedece e acaricia um deles fazendo com que os goblins que estavam escondidos acertassem o animal com um dardo venenoso.
De repente o dia se transforma em noite e começa a nevar. Lily se perde na floresta e os goblins que haviam sido enviados pelo Senhor das Trevas (Tim Curry) comemoram o feito. Jack ao lado de outras criaturas de contos de fadas embarcam em uma jornada para encontrar a princesa, salvar o último Unicórnio e deter o ser misterioso que quer mergulhar o mundo na escuridão.
Tim Curry como o Senhor das Trevas - Foto: Reprodução internet |
A versão que eu assisti é a americana. Mas como assim "a versão americana"? Pesquisando um pouco depois descobri que A Lenda recebeu três versões diferentes. A americana, a inglesa e uma versão estendida do diretor. Todas elas possuem particularidades e finais alternativos. O longa chama atenção com suas lindas cenas de plano aberto mostrando o cenário e os detalhes do universo de Scott, as paisagens parecem pinturas em diversos momentos fazendo com o que o telespectador mergulhe e viva por alguns instantes a história.
A atuação não é primorosa, mas a inocência dos protagonistas é cativante e a sensação que passou para mim foi de nostalgia, voltei alguns anos e relembrei a minha infância e as histórias com elfos, fadas e monstros. O destaque é claro vai para o Senhor das Trevas, que durante mais da metade do filme é ocultado para a grande revelação nos minutos finais onde confronta Jack e seus companheiros. Por fim destaco o uso carregado de maquiagem nos personagens que me convenceu em alguns momentos que anões, goblins e elfos podem existir.
A Lenda é um filme que precisa ser revisitado e apresentado para novos públicos por conta da sua simplicidade que o torna grandioso e único. Ridley Scott com sua habilidade cinematográfica consegue casar fantasia com pitadas de terror com êxito.
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