A história do lendário Rei Arthur já foi contada das mais diversas formas na cultura pop. Agora, nos tempos atuais essa mesma história será mostrada de uma ótica diferente e ao mesmo tempo familiar.
Com o cinema de super herói ficando mais "morno", os grandes estúdios voltam a apostar em gêneros que outrora estavam desgastados e defasados. Os longas de fantasia e aventura se tornaram populares nos anos oitenta e noventa e tiveram bons momentos no inicio dos anos 2000. O Menino que queria ser Rei, dirigido pelo novato Joe Cornish, segue a estética dos filmes desse período com uma obra voltada para o público infanto juvenil.
Reinventando a lenda da Espada
O Menino que queria ser Rei abre com uma brilhante sequência contando a história do Rei Arthur. Conhecemos nesse prólogo o lendário personagem e seu aliado Merlin, juntos eles conseguem aprisionar no sub-mundo a meia-irmã de Arthur, a demoníaca Morgana (Rebecca Ferguson). Tudo isso foi possível porque Arthur empunhava a Excalibur, uma espada carregada de magia e extremamente poderosa.
O tempo avança até os dias atuais onde conhecemos Alex (Louis Serkis), um garotinho que enfrenta muitos problemas em seu colégio para defender seu melhor amigo Bedders (Dean Chaumoo) dos valentões Lance (Tom Taylor) e Kaye (Rhianna Dorris). Certa vez, fugindo dos dois bullies, Alex acaba caindo no meio de um canteiro de obras e encontra uma espada fincada em uma rocha. Sem saber do que se tratava, Alex retira a Excalibur e com ela uma série de acontecimentos estranhos começam a acontecer na sua cidade como o aparecimento de um jovem Merlin (Angus Imrie).
A jornada do herói
A premissa do filme é basicamente salvar o mundo das forças ocultas de Morgana que querem emergir do sub mundo e tomar o nosso reino e de quebra roubar a Excalibur. Alex é instruído por Merlin durante toda a jornada que em certo momento também terá adição de novos membros. Assim como o Rei Arthur, Alex precisa ter os cavaleiros ao seu lado nessa perigosa jornada.
O inusitado grupo liderado por Alex - Foto: Reprodução internet |
A aventura mistura a missão para derrotar Morgana com a história do garoto e seu pai, que ele acredita ter forte ligação com a história do Rei Arthur e porque ele foi escolhido como o herdeiro da espada. A jornada diverte até certo ponto, os combates contra as forças do mal e as frequentes lições de moral, acabam cansando o enredo e perdendo o ritmo da trama. O segundo ato insiste em reforçar passagens vistas na primeira parte da história, como a relação de Alex e os dois valentões e ser ou não ser o novo Rei.
O terceiro ato compensa com uma boa reviravolta e um grande embate contra a vilã do filme, que aliás é um dos seres mais assustadores de toda a obra e que se não traumatizou os protagonistas do filme, com certeza vai perturbar um pouco os mais jovens que estão assistindo.
Viva o Rei
O Menino que queria ser Rei utiliza elementos da lenda do Rei Arthur para contar sua própria história. É bom ficar claro que o que estamos acompanhando aqui é a trajetória de Alex e não uma releitura da ascensão de Arthur, apesar de alguns elementos serem semelhantes.
A maligna Morgana - Foto: Reprodução internet |
A simplicidade do roteiro pode incomodar aqueles que estão buscando uma aventura épica com batalhas épicas e dragões cuspindo fogo. Por outro lado os mais jovens terão talvez um primeiro contato com a lenda da Excalibur e podem se divertir em alguns momentos do longa. Sem pretensão de ser grandioso, O Menino que queria ser Rei diverte mas cria sua própria identidade.
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