“Eu escutei um rumor” de que a 1ª temporada de The Umbrella Academy já estreou na Netflix, e por conta disso, resolvi trazer as algumas informações sobre os personagens e um pouco de minhas impressões sobre a temporada.
A primeira vez em que escutei falar sobre o quadrinho de The Umbrella Academy foi durante a Comic Con Experience de 2015, onde Gerard Way, ex-vocalista da banda My Chemical Romance e roteirista do quadrinho, participou do lançamento de uma edição de luxo em português para o primeiro volume da série, Suíte do Apocalipse. Ao lado de Gerard estava Gabriel Bá, o brasileiro responsável por desenhar toda a história.
Na época eu comprei o quadrinho, porém acabei não dando muita importância, não é atoa que nem peguei o autógrafo de Gerard e Gabriel no evento. Porém, quando a Netflix anunciou que iria adaptar a história para uma série, aí sim a situação mudou de figura e eu finalmente tomei coragem (e vergonha) e li o primeiro volume. Quando terminei eu só conseguia pensar em uma coisa: que história maravilhosa, que personagens maravilhosos!
Assim que comecei a maratonar a série eu notei algo: como já é de costume em adaptações, algumas coisas na história são alteradas, para que ela se torne mais fluida, e as alterações que a série fez, em relação ao material original, ajudaram a desenvolver muito mais alguns personagens e também a deixar a história mais recheada e dramática.
Uma coisa muito importante: eu NÃO darei spoilers do que acontece durante os episódios, então podem ficar tranquilos.
Antes de começar a falar o que eu achei de fato a respeito da 1ª temporada, é válido uma pequena sinopse da história, apenas para situar.
Durante um inexplicável evento, 43 mulheres ao redor do mundo dão a luz crianças. Essas mulheres não apresentavam nenhum sinal de gravidez até o momento do parto. Dentre as 43 crianças, 7 foram adotadas pelo milionário Sir Reginald Hargreeves, que as treinou para salvar o mundo. A partir daí é que a Umbrella Academy é formada.
Anos depois Hargreeves morre e os irmãos voltam a se reunir, mal sabendo eles que vão se envolver em um mundo muito mais sombrio e perigoso do que eles imaginavam ser possível.
Personagens mais novos. Da esquerda para a direita: Luther, Diego, Allison, Klaus, Número 05 e Ben - Foto: Reprodução da Internet |
Um ponto que os fãs devem saber logo, a temporada junta acontecimentos de Suíte do Apocalipse e do segundo volume, Dallas, intercalando acontecimentos e os costurando de uma forma bastante fluida, apesar de que alguns fãs não irão gostar do caminho seguido por alguns personagens.
Luther (Tom Hopper) ao meu ver foi um personagem que mudou, porém, para pior em alguns sentidos. Não falarei tanto pois acabarei dando spoiler, mas digo que: se você é fã do Spaceboy nos quadrinhos, provavelmente não vai gostar muito de algumas atitudes do personagem na série.
Personagens como Allison (Emmy Raver-Lampman), Klaus (Robert Sheehan), Número 5 (Aidan Gallagher) e Vanya (Ellen Page) sofreram algumas alterações, que ao meu ver, melhoraram as tramas dos personagens, já que nos quadrinhos a abordagem acabou ficando um pouco vaga.
Dentre esses personagens, Klaus e o Número 5 foram os que melhor se desenvolveram, já que suas histórias foram mais exploradas, tendo novos elementos acrescentados, deixando assim os personagens mais interessantes e dinâmicos.
Um outro ponto que gostei foi o desenvolvimento do relacionamento entre Allison e Vanya, o que tornou toda a situação das duas ainda pior. Para quem gosta das personagens, vai gostar (ou não), do caminho que elas seguiram e do que foi preparado para ambas.
Diego (David Castañeda) basicamente foi o único que se mantém fiel às características do personagem dos quadrinhos, o encrenqueiro e rebelde da família.
A forma como os roteiristas conseguiram desenvolver as histórias pessoas de cada personagem, entrelaçando com a história geral, dá uma dinâmica bastante legal a série, que, eu devo dizer, finalmente teve o destaque que merece, já que o quadrinho não era muito conhecido.
Um dos pontos altos da série, sem sombra de dúvida é a trilha sonora, que está disponível no Spotify (a própria Netflix criou uma playlist oficial para a série). As músicas escolhidas, que contam com 2 cantadas com Gerard Way, são simplesmente magníficas, e fazem qualquer um ficar viciado. É uma ótima experiência escutá-las após a série.
Como tudo não são flores, infelizmente existe um ponto que não gostei na série. Parece que os roteiristas tiveram medo de abraçar as bizarrices que existem nos quadrinhos, tentando ao máximo deixar a série mais pé no chão. Sendo que a graça em The Umbrella Academy é justamente aceitar esse bizarro.
No geral a série é muito boa, especialmente a season final, e prova que a Netflix não precisa da Marvel para fazer boas séries de herói, basta ela simplesmente querer e dar a oportunidade a boas histórias.
Agora vamos esperar que o anúncio da 2ª temporada e que ela não demore para sair.
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