Pokémon sempre evocou em mim um sentimento nostálgico. Foi o programa que mais acompanhei quando era criança e talvez o game que eu mais joguei em toda a minha vida.
Parafraseando a minha matéria sobre os 20 anos de Pokémon que postei por aqui em meados de 2016, "Falar de Pokémon é como embarcar numa viagem rumo ao final dos anos noventa, uma época onde não tínhamos Facebook e nem o Orkut. Foi um período que vivi intensamente e onde conheci a maioria dos desenhos e séries que sou apaixonado até hoje".
Mesmo vendo esporadicamente as temporadas de Pokémon e jogando alguma coisa aqui e ali, não é difícil dizer que em qualquer período que seja, eu sempre terei um carinho enorme pelos monstrinhos de bolso. Mas chega de falar de paixões noventistas e ir direto ao assunto.
Como não se apaixonar pelo Pikachu? - Foto: Warner Bros. |
A franquia Pokémon sempre teve um grande destaque com seus longa metragem. As histórias contadas nos filmes sempre foram grandiosas e envolviam seres lendários e misteriosos que serviam para atiçar ainda mais a curiosidade dos fãs e é claro vender mais produtos. O anuncio de Detetive Pikachu pegou boa parte dos aficionados de surpresa. Seria a primeira vez que teríamos um filme completamente distante da série animada e com a ousadia de misturar computação gráfica com atores reais.
Preciso ser franco com vocês, apesar de ter me amarrado no trailer e nas imagens de divulgação, não me senti conectado em nenhum momento com o filme, talvez porque os protagonistas da minha infância não estavam sendo interpretados por atores de carne e osso. Mas isso logo ia mudar depois de assistir Detetive Pikachu.
Cosplayers na sessão exclusiva de Detetive Pikachu em Salvador (BA) - Foto: Acervo Mega Hero |
O dia marcado para assistir o longa foi quase um ritual. Fomos convidados pela Warner para conferir antes da estreia e como um bom fã tratei de arranjar uma camisa especial para essa ocasião e ligar meu Pokémon GO até chegar na sala de cinema. A sessão estava repleta de crianças que foram convidadas para assistir e cosplayers fantásticos! Toda essa mistura e energia me fez embarcar na jornada e lembrar do pequeno Raphael que assistia o anime no programa da Eliana.
Para minha surpresa Detetive Pikachu não é pautado apenas na nostalgia. A obra de Rob Letterman teve um trabalho minucioso de apresentar uma narrativa que atraísse os fãs mais novos e respeitasse a memória dos mais velhos. Na trama conhecemos Tim Goodman (Justice Smith) um jovem que vive em mundo onde humanos e Pokémon convivem e que tem sua vida mudada depois que recebe a triste notícia que seu pai faleceu em um acidente de carro. Completamente averso em ter um companheiro Pokémon, Tim acaba conhecendo um Pikachu (Ryan Reynolds) completamente diferente que pode falar com ele e que aparentemente tem uma ligação com o seu pai.
O roteiro não é tão ousado e o filme tem poucas reviravoltas, mas isso não tira o brilho de Detetive Pikachu porque a intenção de Letterman é mergulhar o telespectador nesse universo fantasioso e pensar por algumas horas que os monstrinhos de bolso são reais. A parte chata disso tudo é que você irá sair da sala de cinema desejando ser um treinador.
Um encontro inesperado - Foto: Warner Bros. |
Com bons efeitos especiais e personagens bem escritos, Detetive Pikachu é um filme que vai agradar gerações diferentes e serve também como uma ótima opção para assistir com a família ou com um grupo de amigos. Os easter-eggs deixados ao longo da obra servem para criar uma atmosfera familiar e também para despertar a curiosidade dos leigos. Se possível assista na maior tela possível, o último arco vai te emocionar.
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