O Esquadrão Suicida de James Gunn é a segunda chance que o grupo precisava


Divertido, sanguinário, engraçado, mortífero e insanamente louco! Essa é a melhor forma de resumir O Esquadrão Suicida de James Gunn, o novo filme da DC Comics que promete explodir a cabeça dos fãs... literalmente.

Logo quando foi anunciado que Gunn seria o responsável pelo novo projeto da equipe, após o diretor ter sido despedido da Disney, muita gente se questionou se o filme seria uma continuação do primeiro ou um reboot, para tentar apagar a péssima recepção que Esquadrão Suicida da Warner Bros. teve (não de David Ayer, já que a versão dele, assim como a de Snyder, não foi a lançada nos cinemas).

Depois de muitas dúvidas, o diretor revelou que seu longa não seria uma continuação, mas sim uma nova história com novos personagem, porém, sem desconsiderar o antecessor. A partir desse momento a expectativa dos fãs cresceu, e o que o diretor entregou foi nada mais do que seu melhor e mais louco filme. 

James Gunn ao lado de Margot Robbie no set de gravações -
Foto: Warner Bros.

Inspirado pelos quadrinhos do Esquadrão Suicida dos anos 80 e por diversos filmes de guerra, Gunn criou um longa dinâmico e que prende o expectador desde seus primeiros minutos. 

As cenas de ação são de tirar o folego e muito divertidas. A escolha de usar o mínimo de CGI e apostar mais em efeitos práticos traz um diferencial para a obra, já que é de conhecimento geral que diversos filmes baseados em quadrinhos optam pelo uso excessivo de efeitos especiais.

Da mesma forma que temos bons efeitos especiais, temos cenas de luta muito bem coreografadas. Aqui vale uma menção (sem spoilers) a um momento envolvendo a Harley, que se tornou ou meu favorito da personagem. Tudo nele é bem executado. Margot Robbie novamente consegue entregar uma atuação impecável e as cenas de luta em que participa são visualmente bonitas. Em alguns momentos lembra bastante uma dança... Uma dança bem mortal

Harley retorna em seu terceiro longa no universo cinematográfico da DC -
Foto: Warner Bros.

Apesar da história em si ser simples, ela é muito bem executada e contada. Gunn acabou optando por uma maneira bem interativa e que faz todo sentido dentro da narrativa, o que resulta em mostrar diversos pontos de vistas diferentes, em vez de focar em um único personagem. 

Porém, o ponto que mais se destaca no projeto é o elenco e seus personagem. O diretor é conhecido por conseguir tirar "leite de pedra" em relação a personagens totalmente desconhecidos, fazendo com o que público se sinta atraído por eles, para no final simplesmente matá-los, como é o caso desse filme. 

Parte do elenco princopal é composto por: Robert DuBois/Sanguinário (Idris Elba), Christopher Smith/Pacificador (John Cena), Nanaue/Tubarão Rei (Sylvester Stallone), Cleo Cazo/Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior), Abner Krill/Bolinha (David Dastmalchian) e Gaius Grieves/Pensador (Peter Capaldi). A química do elenco reflete na boa interação dos personagens em tela. Temos momentos para cada um deles brilharem em particular.

Da esquerda para a direita: Rick Flag, Sol Soria, Caça Ratos 2, Tubarão Rei,
Sanguinário e Pacificador - Foto: Warner Bros.

Aqui vale um comentário estritamente pessoal: Eu adorei dois personagens em particular, primeiro deles o Sanguinário, devido a seu armamento e uniforme, que são fantásticos e super versáteis. Idris Elba é muito carismático e a personalidade que e ele deu ao Robert, que é um personagem F da DC foi formidável. Espero muito que a DC passe a utilizá-lo muito nos quadrinhos, pois fiquei interessado em conhece-lo ainda mais. 

A segunda personagem é a Cleo, ou Caça-Ratos 2. É quase impossível um jovem de hoje não se identificar com ela em alguns aspectos. Daniela Melchior entregou uma atuação muito boa e natural, é divertido vê-la em tela brilhando. Sempre que aparecia na tela eu ficava empolgado, pois a personagem é do tipo que você quer proteger do mundo. 

Vale também mencionar que Viola Davis no papel de Amanda Waller continua surpreendente. A atriz emana uma energia muito poderosa e uma senhora presença onde quer que esteja, e não existe ninguém melhor do que ela para controlar a Força Tarefa-X.

Tubarão Rei em ação! -
Foto: Warner Bros.

No final O Esquadrão Suicida consegue ser o melhor filme que James Gunn já fez até hoje. Livre das amarras dos longas PG-13, conseguiu mostrar todo o seu potencial destrutivo com literalmente um banho de sangue durante toda a história. 

A melhor escolha que ele fez foi colocar a trama como feita para maiores, pois isso a deixou muito mais divertida, engraçada e claro...mortífera. Agora é esperar pelos próximos projetos que o diretor fará para a DC nos cinemas, já que ano que vêm teremos a série do Pacificador, que é um spin-off do filme.

Apenas dois lembretes: ninguém está a salvo neste filme e ele possui duas cenas pós-crédito (na verdade é uma antes dos créditos e outra depois.

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