Liga dos Superpets da DC vai conquistar os mais novos e divertir os mais velhos


A DC sempre foi reconhecida por sua expertise em séries e longas animados. Em seu vasto currículo temos obras como “A Máscara do Fantasma” de 1993, voltado para um público adolescente adulto, mas também temos para o público infantil o ótimo “LEGO Batman: O Filme” de 2017.

Esses são um dos vários exemplos que a companhia tem onde podemos ver abordagens diferentes para personagens semelhantes (para não dizer iguais). Dito isso, vamos avançar um pouco no tempo até os dias atuais.

Atualmente a DC se desdobra nos cinemas com o DCEU, um universo compartilhado com filmes em live-action que agora conversam com séries no serviço HBO Max, sendo a primeira delas “O Pacificador” de 2021. Em paralelo a toda essa construção de mundo surge “DC Liga dos Superpets”, um despretensioso filme que ignora todas essas conexões com o único intuito: Divertir o público infantil e de quebra conquistar os mais velhos.

Krypto é o herói

DC Liga dos Superpets joga no “seguro” para entregar uma história redondinha e que seja certeira em seu público alvo. Na trama somos apresentados ao cachorro do Superman, Krypto (interpretado no original por The Rock). A relação entre dono e cachorro é “abalada” quando Krypto descobre que Kal-el (nome kryptoniano do Superman) está apaixonado pela jornalista Lois Lane. Desacreditado com a situação, ele tenta de todos os meios fazer com o que os dois não fiquem juntos, mas é interrompido com a chegada da vilã Lulu (Kate McKinnon) que não só rapta Superman, como toda a Liga da Justiça e cria um exército de porquinhos da índia com super poderes para dominar o mundo.

Krypto também está em uma situação perigosa, ele acaba perdendo seus poderes depois de ingerir acidentalmente um micro pedaço de kryptonita (a única fraqueza dele e de Superman). Agora sem poderes ele terá que contar com a ajuda de um grupo inusitado de super heróis que vieram diretamente de um lar de adoção de animais.

O veredito

“Liga dos Superpets” tem uma trama bastante conhecida em filmes desse estilo: Animais se unem para resgatar seus donos, uma história batida mas que funciona. O desafio da direção e do roteiro era incrementar esse plot inicial com subtramas e ramificações que soassem interessantes. E eles conseguem de certa forma.

O primeiro ponto positivo do filme é o grupo de animais que interage com Krypto, elevando o protagonista e criando pontos de humor e drama ao longo das 1h45 do filme. O segundo ponto é a vilã Lulu, que por mais caricata que seja, entrega uma digna vilã de histórias em quadrinhos (as mais clássicas inclusive). O terceiro e último ponto são as referências ao universo onde a obra está inserida. É praticamente impossível um filme de heróis não referenciar obras antigas e até mesmo atuais, faz parte da narrativa e nesse caso não fica enfadonho e gratuito.

A animação está muito bem feita, ótimas sequências de ação e cenário dignos de filmes de grande orçamento. Um dos pontos negativos que me chamou a atenção, foi a falta de uma trilha sonora marcante que envolvesse. Temos em alguns momentos leves acenos com as músicas clássicas de Batman e Superman, mas que passam despercebidas, o que soa pra mim como uma certa timidez em abraçar de vez o gênero do filme.

Ainda assim é um ótimo divertimento, não só para as crianças que são o público alvo, mas para todos aqueles que são apaixonados por filmes de super-heróis.

0 comentários:

Postar um comentário

My Instagram