Homem-Aranha: Através do Aranhaverso é uma obra de arte animada e emocionante



Após o sucesso do primeiro filme da trilogia, Homem-Aranha no Aranhaverso, a Sony apresenta a segunda parte da história de Miles Morales, o novo herói de seu universo que assume o manto quando o Peter Parker do seu universo morre.  

Miles retorna mais velho e com mais experiência como o herói da vizinhança, resolvendo problemas e enfrentando pequenos vilões pelo Brooklyn até que encontra um "vilão da semana", Mancha, que é bem ruim no que se propõe a fazer, mas ao encontrar com o Homem-Aranha culpa-o por sua condição.

O vilão virou um corpo branco, sem identidade e expressão, que agora pode criar portais, o que causa um super transtorno na rotina de Miles, que como todo bom Homem-Aranha, tenta desesperadamente balancear sua vida de herói com todos as questões da adolescência.

Parecia apenas mais um dia comum, vilões desajeitados, atrasado para uma reunião com seus pais e a escola, saudades de seus amigos aranhas e muitas piadinhas. Mas Miles acaba percebendo que na verdade está à frente de situações muito mais sérias que ele imaginava.

Ele agora precisa decidir seu futuro profissional já que, lembrando, ele é um gênio em uma escola especial, seus pais cobram responsabilidade por suas ações ao mesmo tempo que querem mantê-lo por perto e protegido, e toda sua vida como Aranha vira de cabeça para baixo após o aparecimento inesperado de Gwen, expondo Miles a algo que ele jamais imaginou: uma dimensão onde vários Homem-Aranhas trabalham juntos em missões para manter o multiverso intacto.

Homem-Aranha Através do Aranhaverso é uma evolução muito bem executada do primeiro longa metragem e, apesar de ter a aparição de muitos personagens, ele funciona muito bem dentro da proposta lançada no filme. 

Miles vem desde o início romper com as regras, impor sua presença e identidade, e essas são as forças motoras da história que sai muito rápido do deslumbramento da descoberta de um mundo novo para um drama extremamente intenso que envolve não só sua vida como Aranha, mas toda sua existência.

Além de um roteiro consistente e interessante, o visual do filme é uma obra de arte. A animação ganha novas expressões em tela e a mistura de estilos animados deixa a história extremamente dinâmica e bonita.

Conseguimos sentir o turbilhão de emoções dos personagens através de cores, formas e movimentos, que a cada momento do filme surpreendem com diferentes expressões artísticas belíssimas, acompanhadas de uma trilha sonora imersiva e coesa.

O filme realmente carrega o espectador através do Aranhaverso, enquanto acompanha uma história intensa que ao mesmo tempo é fantástica e tão familiar às questões do dia-a-dia.

Aranhaverso é certamente uma obra revolucionária da animação e deixa a todos na ponta das poltronas até o final, que deixa um cliffhanger quase imoral para a terceira parte.

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